A Santa Casa da Misericórdia de Amares espera que as obras de requalificação do lar de idosos estejam concluídas no final de Outubro, prevendo-se que a valência seja reinaugurada por ocasião do 72º aniversário da instituição.
A intervenção de fundo vai permitir ampliar a capacidade dos actuais 45 para 53 lugares, num investimento global de cerca de três milhões de euros, que permitirá fazer um melhor aproveitamento do espaço existente e criar novas áreas, como uma biblioteca.
«Estamos a falar praticamente de um novo lar, onde apenas se conserva parte da estrutura exterior do edifício. De acordo com o programa inicial do concurso, a empresa construtora terá de concluir a reconstrução no final de Agosto. Depois, temos as obras respeitantes à envolvente exterior – que não estão incluídas no concurso inicial – e o equipamento do lar em termos de mobiliário, assim como o equipamento da cozinha e da lavandaria. Esta Mesa Administrativa gostaria de assinalar o próximo aniversário da instituição, que ocorre a 30 de Outubro, com a reinauguração do edifício. Iremos lutar por este objectivo», explicou o provedor.
Em declarações ao jornal “O Amarense”, Álvaro Silva disse que a candidatura apresentada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não foi aprovada, o que fará com que a Misericórdia avance para a realização de um empréstimo bancário de 1,6 milhões de euros.
«A candidatura foi indeferida pela falta de um documento cuja emissão nem era da total responsabilidade da instituição. No entanto, o estado em que se encontrava o nosso lar não permitia que esta requalificação se prolongasse no tempo, sob pena de a Segurança Social vir a encerrar o lar por falta de condições físicas para alojar idosos», explicou, sublinhando que «era imprescindível» avançar para esta empreitada.
«Tínhamos de fazer esta requalificação se queríamos que a Misericórdia de Amares, continuasse a ter um lar residencial para pessoas idosas no concelho. Deste modo, tivemos de avançar com o investimento financiando-o com capitais próprios uma parte e com o recurso a capitais bancários a outra parte. Foi nesse sentido que submetemos à aprovação da Assembleia de Irmãos a autorização para a contratação com o sistema financeiro de uma linha de financiamento até 1,6 milhões de euros. Esta Mesa Administrativa continuará, no entanto, a estar atenta quanto à abertura de novos avisos que visem um eventual apoio futuro para este tipo de investimentos», frisou o provedor.
DESPESAS AVULTADAS
Enquanto decorrem as obras de reabilitação do lar, os utentes da Santa Casa da Misericórdia de Amares continuarão alojados no Grande Hotel do Bom Jesus, em Braga, o que representa uma «elevada despesa» para a instituição. «O hotel para onde deslocamos os nossos utentes encontrava-se encerrado há mais de sete anos e, como tal, apresentava patologias que tiveram de ser resolvidas. Além disso, temos as despesas necessárias com a deslocação diária dos nossos colaboradores de Amares para Braga. Estes custos, incluindo o arrendamento que temos de pagar pela utilização do espaço, ultrapassam em média os dez mil euros mensais», explicou Álvaro Silva.
Notícia original publicada na edição impressa de Abril.