A Assembleia Municipal de Amares aprovou esta sexta-feira, 28 de Abril – por maioria e com nove abstenções – os documentos de prestação de contas do ano de 2022, os quais apresentam um resultado líquido positivo de «2,2 milhões de euros».
Na apresentação do ponto, o presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira, começou por afirmar que olha para 2022 com a «sensação de dever cumprido».
«As contas apresentadas demonstram equilíbrio financeiro e dão conta de uma gestão eficiente dos recursos do município», notou o autarca, destacando, mais à frente, que «os valores de execução da receita atingiram 90% e os valores de execução da despesa 84%».
«A receita global arrecadada pelo município é superior a 16 milhões e 800 mil euros, cerca de 550 mil euros superior ao arrecadado no ano anterior; e a despesa global regista 15 milhões e 758 mil euros, valor abaixo da execução de 2021 em 580 mil euros», referiu.
GRANDES OPÇÕES DO PLANO
Quanto às Grandes Opções do Plano, o relatório indica que o investimento «cresceu 4% relativamente a 2021», sendo que os projectos inscritos no Plano Plurianual de Investimentos (PPI) e as actividades mais relevantes absorveram «6 milhões e 357 mil euros, com uma taxa de execução de 75,8%».
O presidente da autarquia sublinhou ainda que «a receita cobrada é superior à despesa paga em cerca de um milhão de euros» e que o Município «apresentou fundos disponíveis em todos os meses do ano, existindo um nível de poupança corrente de 28,68%, a maior dos últimos oito anos».
Segundo Manuel Moreira, o Município de Amares goza de uma «margem de endividamento na ordem dos 3,6 milhões de euros», sendo que a dívida total se situa nos «5,2 milhões».
«EXERCÍCIO POBRE E DESPESISTA»
Para Mónica Silva, do PS, as contas relativas a 2022 apresentadas pelo executivo «comprovam, ao contrário do que o Sr. presidente disse, um exercício pobre e despesista, tal como já tínhamos aqui denunciado aquando da aprovação do Plano e Orçamento».
«Revela-se pobre o investimento, com claro e evidente abandono das freguesias e com um acentuado crescimento preocupante nas despesas correntes», disse a socialista, antes de concluir: «Este relatório confirma os receios anteriormente manifestados pelo PS. O executivo adoptou uma política de desinvestimento e que atrasa o desenvolvimento de Amares», atirou.
«GESTÃO FINANCEIRA RESPONSÁVEL»
Já Martinho Braga, da coligação Juntos Por Amares, apontou que o relatório demostra um «caminho de melhoria contínua ao nível da gestação autárquica, para assim tornar o Concelho um lugar mais próspero e desenvolvido».
«Ao longo do ano de 2022 foram implementadas várias iniciativas e projectos que acreditamos serem relevantes para o desenvolvimento do Concelho, procurando a qualidade de vida de todos os amarenses e por forma a tornar Amares uma terra melhor», vincou.
Na conclusão, o membro da bancada do Juntos Por Amares caracterizou a gestão financeira de «responsável», algo que «garante ao Município instrumentos de capacitação financeira para alavancar projectos futuros».
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