No centro da cidade, a exposição “A Paixão em Guimarães” marca o início de um percurso pela iconografia cristã do concelho.
Ao todo, são 42 artefactos religiosos: cinco “Passos da Paixão”, dispersos pelas ruas do centro histórico, e mais 37 peças guardadas em igrejas, museus e espaços patrimoniais da cidade.
A inauguração da mesma deu-se na sexta-feira, 4 de abril, contando com a presença de Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, e José Couceiro, Juiz da Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, na sessão inaugural.
«Esta exposição é um convite à contemplação e à descoberta de um património que é de todos nós», afirmou Paulo Lopes Silva, salientando a importância da iniciativa para a valorização da identidade vimaranense.
«Guimarães tem nesta mostra um dos mais significativos testemunhos do seu legado tradicional e artístico. Ao mesmo tempo, estamos a criar um roteiro acessível, vivo e profundamente enraizado na nossa memória coletiva», acrescenta.
A acompanhar, um passaporte cultural, distribuído gratuitamente nos espaços aderentes, orienta os visitantes pelas 18 localizações da exposição, oferecendo informações sobre cada peça exposta, bem como o enquadramento litúrgico e histórico. Este guia inclui ainda o programa geral “Da Quaresma à Páscoa”, do qual esta mostra é o primeiro de quatro momentos.
O percurso expositivo poderá variar de acordo com os tempos litúrgicos e celebrações religiosas, sendo alguns espaços acessíveis em horários específicos.
«Há aqui um respeito absoluto pelo culto e pelo calendário cristão, o que dá ainda mais autenticidade à experiência», explicou José Couceiro.
A exposição “A Paixão em Guimarães” integra-se num programa que inclui celebrações religiosas, o Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães e os Fins de Semana Gastronómicos, cruzando tradição, cultura e sabor até ao Domingo de Páscoa.
«É também uma forma de vivermos a cidade com outra atenção, mais pausada, mais espiritual, e de nos reconhecermos neste território feito de silêncio, de pedra, de símbolos que nos acompanham há séculos», concluiu Paulo Lopes Silva.