O Conselho da Comunidade, órgão consultivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Cávado – ACES Braga, reuniu esta segunda-feira, no gnration, com o objectivo de fazer o ponto da situação epidemiológica e preparar o Plano de Acção para o quarto trimestre deste ano, que passa por uma maior celeridade no reagendamento das consultas em atraso.
Presidido por Sameiro Araújo, vice-presidente da Câmara de Braga, o Conselho da Comunidade tem vindo a assumir uma postura de compromisso, consulta e partilha de preocupações em torno da saúde da população, colaborando com o ACES nas várias formas de mitigação da pandemia provocada pelo covid-19.
Destacando a “colaboração que tem existido entre a autarquia e as instituições de saúde”, Sameiro Araújo lembrou “o empenho e profissionalismo de todos os profissionais do ACES nesta fase de intenso trabalho, particularmente na luta contínua contra a pandemia”.
Na reunião, o director do ACES Braga, Domingos Sousa, apresentou a proposta de Plano de Acção face à Covid-19 tendo em vista o quarto trimestre do ano corrente, sustentando que, “apesar dos valores terem estado estáveis nas últimas semanas, os números apresentam um ligeiro aumento, que mostram a importância de todos assumirem um papel activo na prevenção”.
O plano apresentado assume-se como “uma ferramenta de enorme importância” para todo o trabalho que está a ser desenvolvido entre as várias entidades, sendo que o ACES Braga está “a trabalhar para que exista uma maior celeridade no reagendamento das consultas em atraso, uma vez que existe urgência na retoma dos serviços de atendimento junto dos utentes”.
De acordo com o plano apresentado, estão a ser implementadas diversas alterações ao funcionamento das Unidades de Saúde Familiar (USF). Exemplo disso é o acompanhamento que está a ser efectuado pelo médico de família aos casos de covid-19.
“A tele-consulta vai ser uma realidade mais frequente para que a população, nomeadamente a mais frágil, não tenha que se deslocar à USF, sobretudo na época gripal que se avizinha, onde cada gripe tem de ser encarada como um potencial caso de infecção”, explicou Domingos Sousa.
Sameiro Araújo apelou ainda à colaboração das entidades locais das freguesias no sentido de sensibilizar a população para evitar deslocações desnecessárias aos centros de saúde, para aspectos burocráticos. “Só com a articulação entra a população e as instituições bracarenses é que conseguiremos retomar alguma da normalidade e enfrentar este grave problema que nos atingiu a todos sem excepção”.
Nesta sessão, foi ainda aprovado o alargamento da representatividade do Conselho da Comunidade, ao serem incorporadas entidades como a Santa Casa da Misericórdia, Associação de Farmácias, Bombeiros Voluntários Braga, Cruz Vermelha Braga, Bombeiros Sapadores Braga, Protecção Civil Braga e Arquidiocese Braga.