Carlos Dobreira, conhecido activista ambiental e praticante de ‘plogging’, esteve no passado dia 31 de Maio no Monte da Santinha, em Amares. A visita serviu de «reconhecimento de áreas passíveis de prática de plogging em Amares».
Em nota enviada, o activista aponta que «a pandemia Covid-19 trouxe uma nova polémica ao Concelho de Amares, com o surgimento de actos desrespeitadores dos seres humanos em locais de harmonia e de devoção».
«De facto, com as discotecas, os bares e os restaurantes encerrados por um longo período, as imediações dos templos religiosos, dos santuários e os caminhos de fé assumiram-se como uma alternativa de encontro e de convívio noturnos. Por consequência, esses locais de harmonia e de devoção começaram a revelar uma pegada ecológica assustadora, sendo apetecíveis para a deposiçao de resíduos recicláveis, mas também de resíduos de construção e demolição (RCD) e ocorrência de actos de vandalismo», sublinha.
Carlos Dobreira vai mais longe, apontando ainda que «tal comprova que os seus utentes desconhecem o teor da Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, a qual apela à consciência ecológica. Foi precisamente o que se constatou a 31 de Maio de 2020, numa visita de reconhecimento de áreas passíveis de prática de plogging em Amares, em concreto no Monte da Santinha, onde se localiza a Capela de Nossa Senhora da Paz».
Para além dos resíduos de construção e demolição (RCD) encontrados no local, o praticante de plogging destaca também a presença de um «contentor a abarrotar de resíduos recicláveis (garrafas e latas de cerveja, sacos e garrafas de plástico), assim como lenços de papel e muitos estilhaços de garrafas de vidro dispersos nas imediações da Capela. Na zona dotada com mesas, observou-se também uma imundície de resíduos (beatas de cigarro, embalagens de batatas fritas, caixas de pizzas, embalagens de gelados) e garrafas de vidro de uma conhecida marca de cerveja, muitas delas quebradas e resultado de vandalismo».