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JUSTIÇA

JUSTIÇA -
Acusado de furtos em escolas e lojas de Braga para arranjar dinheiro para droga confessa crimes 

Um homem acusado de 23 furtos a estabelecimentos comerciais e escolas de Braga confessou esta quarta-feira a quase totalidade dos crimes, assumindo que o objectivo era arranjar dinheiro para comprar droga. 

No início do julgamento, que decorreu no Centro Cívico de Palmeira, em Braga, por causa dos condicionalismos decorrentes da pandemia de covid-19, o arguido, de 42 anos, disse que apenas não se lembrava de ter praticado um dos furtos.

Questionou, ainda, o valor das quantias que conseguiu com alguns furtos.

“QUERO MUDAR DE VIDA”

“Andava perdido”, disse, manifestando-se arrependido e pedindo desculpa a todos os lesados.

O arguido, que na altura dos factos vivia na rua, disse ainda precisar de um “tratamento sério” para se livrar da toxicodependência e abandonar de vez o mundo do crime.

“Quero mudar de vida”, afirmou em tribunal, pedindo que lhe seja dada uma oportunidade.

O homem já tinha sido condenado a 10 anos de prisão por crimes idênticos, tendo sido posto em liberdade condicional em Maio de 2019.

Os furtos agora em julgamento decorreram entre 7 de Fevereiro e 8 de Junho de 2020, muitos deles durante o confinamento obrigatório e encerramento do comércio decretado no âmbito do combate à pandemia de covid-19.

Alguns dos alvos foram o Centro de Estimulação Intensiva em Neurologia, uma agência de viagens, uma sex shop, uma clínica dentária, uma costureira, supermercados, hotéis, lavandarias self-service e pastelarias.

As escolas secundárias D. Maria II e Alberto Sampaio também foram assaltadas, tendo aqui as “atenções” recaído sobre as caixas das moedas das mesas de matraquilhos.

Sete dos furtos foram na forma tentada.

No assalto à agência de viagens, o arguido ameaçou e agrediu o dono do estabelecimento.

Por isso, o arguido responde ainda por um crime de ameaça agravada e um crime de ofensas à integridade física.

No total, e segundo o Ministério Público (MP), os assaltos “renderam” mais de 9.200 euros, entre dinheiro e artigos vários, sobretudo electrónicos.

Em dois dos assaltos, terá participado um outro homem, também arguido no processo mas que hoje esteve ausente do julgamento.

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