A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) defende a junção, numa só, das Comunidades Intermunicipais, do Alto Minho, do Cávado e do Ave, como forma de “construir uma visão estratégica comum” para a região do Minho. A proposta é apresenta do Ministério da Economia em Março.
Em comunicado, o seu presidente, Ricardo Costa sustenta que, “a visão integrada da região permitiria optimizar os investimentos públicos e/ou estruturais e alcançar projectos de maior envergadura para a região”.
Em sua opinião, “as assimetrias a que estamos habituados a ver na distribuição do investimento, tradicionalmente direccionado para Porto e Lisboa, iriam diminuir pela dimensão que uma organização desta natureza pudesse ter”.
“A AEMinho reafirma que é tempo de pôr em marcha um plano mobilizador que envolve a reconfiguração da indústria para adoptar tecnologias digitais e agilizar procedimentos. Esta visão global é um caminho necessário e que, quanto mais tarde for adoptada e concretizada, mais atrasará o desenvolvimento da região. A divisão apenas favorece o centralismo que tem ditado o desperdício de verbas e oportunidades pela assimétrica distribuição de fundos”, lê-se no comunicado.
Que prossegue: “o estabelecimento de planos de mobilidade, infra-estruturas empresariais, energéticas, entre outras, seria estrutural para o desenvolvimento, não apenas das cidades do Quadrilátero Urbano (Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos), mas também da região que as envolve. Iria permitir uma maior mobilidade de trabalho, e escamotear e facilitar a resolução do problema do custo de vida e habitação nos grandes centros (nomeadamente Braga), na medida em que seria fácil para um trabalhador de qualquer empresa viver em zonas mais periféricas porque o sistema de mobilidade lhe permitia deslocar-se sem problema para o seu trabalho”.
O organismo, que vai apresentar o assunto ao Ministro da Economia em reunião agendada para 21 de Março, lembra que, “de um ponto de vista genérico, o Minho representa, segundo dados de 2021, cerca de 130 mil empresas, exportando 10,6 milhões de euros e empregando 475 mil pessoas”.
“Estes dados representam 29% do volume de negócios, 28% do total de empresas e 38% das exportações da Região Norte. E um contributo de cerca de 15% do PIB”, remata a associação empresarial.
Luís Moreira (CP 7839 A)