A Câmara de Amares promoveu, esta segunda-feira de manhã, um encontro entre várias entidades parceiras com vista à apresentação e criação de um Plano Municipal de Ação Climática.
De acordo com a autarquia, este será um instrumento de trabalho destinado a abranger diferentes setores, nomeadamente edifícios de serviços e residenciais, transportes, indústria, resíduos e águas residuais, solo e agricultura, para os quais foram apresentadas medidas de mitigação e de adaptação com o intuito de atingir a neutralidade carbónica.
A certificação energética de edifícios e infraestruturas municipais e implementação de soluções de sustentabilidade energética, a promoção de energia renovável no setor industrial, a implementação de um sistema de otimização de circuitos de recolha de resíduos, a implementação de pontos de carregamento de veículos elétricos, são apenas algumas das medidas projetadas para diferentes áreas com o intuito de elaborar uma versão final do documento que entrará depois em fase de discussão pública.
MAIS CALOR E MAIOR RISCO DE SECA
A anteceder a apresentação do respetivo Plano Municipal de Ação Climática, o vereador do Ambiente, Vítor Ribeiro, reconheceu a importância de “delinear estratégias para fazer face às alterações climáticas que estão em curso e que não podem ser negadas”.
Na apresentação deste plano, para além de uma análise mais teórica de dados referentes ao município de Amares, foi apresentado o levantamento sistemático e análise dos diferentes impactos climáticos, bem como o inventário de consumos e emissões. Foi, ainda, apresentada uma análise prospetiva recorrendo a cenários climáticos e socioeconómicos de médio e longo prazo.
A título de exemplo, um dos dados apresentados refere que em Amares, nos próximos 50 anos, a temperatura média anual, sem qualquer medida preventiva, irá aumentar três graus, a chuva vai diminuir e será maior o risco de seca.