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Falta de limpeza nas estradas nacionais gera “indignação e revolta” em Amares

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A Câmara de Amares e as Juntas de Freguesia do concelho assumiram, esta quinta-feira, a sua «indignação e revolta» pela falta de limpeza das bermas e dos passeios das estradas nacionais que atravessam o concelho, considerando que está em causa a imagem do território e a segurança das populações.

«Estamos a meio de Agosto e a Infraestruturas de Portugal ainda não fez a limpeza das estradas, que nos disse que seria feita até ao final de Julho. É uma falta de respeito para todos nós, o que nos provoca uma enorme indignação e revolta», disse o presidente da Câmara, Manuel Moreira, em conferência de imprensa.

Em concreto, segundo o autarca, estão em causa as estradas nacionais 205, 205-3 e 308, que passam por várias freguesias do concelho de Amares e cujas bermas e passeios se encontram, nalguns casos, «completamente tapados» por vegetação, impedindo a circulação pedonal.

«Nestes meses de Verão, por força do regresso dos emigrantes, a população quase triplica. Circulam inúmeras pessoas naqueles locais, mas não podem utilizar os passeios porque estão cobertos [por vegetação]. Além disso, sendo Amares um concelho virado para o turismo, não pode ter esta falta de limpeza», apontou.

Sublinhando que «mete dó ver o estado das estradas» nacionais, Manuel Moreira aludiu ainda à passagem de «centenas de peregrinos» que, por estes dias, rumam à Abadia ou a São Bento da Porta Aberta.

«Até hoje não temos tido nenhum problema, mas quem será responsável se houver um acidente com os peregrinos?», questionou, num tom inflamado, que disse representar «o protesto, a revolta e a indignação do povo de Amares».

Também o vereador do PS Emanuel Magalhães se solidarizou com a posição defendida pelo Município e pelas Juntas de Freguesia, considerando que «efectivamente têm de ser reclamadas responsabilidades» à Infraestruturas de Portugal.

«Por um lado, existem questões de segurança que têm de ser salvaguardadas, porque há muita gente a caminhar, e, por outro, a atractividade das terras também passa muito pela sua limpeza e pela imagem que mostram», frisou.

EM PLANEAMENTO

Elencando as diligências feitas, Manuel Moreira disse que, no seguimento da Assembleia Municipal de 17 de Junho, a autarquia questionou a Infraestruturas de Portugal, cuja resposta apontou para que a limpeza fosse realizada até ao final do mês de Julho.

Como tal não aconteceu, a Câmara voltou a procurar sensibilizar o organismo estatal, que terá então dito que a intervenção está «em planeamento» e que deverá ser feita em breve.

«No dia 28 de Julho, enviámos novo e-mail e recebemos resposta no dia 15 de Agosto, em que nos disseram que a limpeza está em planeamento, mas que atrasou devido ao estado de alerta que o país viveu. Ora, para nós, isso não é desculpa», expôs o vereador Delfim Rodrigues.

JUNTAS REVOLTADAS

Numa sessão que contou com a presença de muitos presidentes de Junta, coube ao autarca de Rendufe, José Antunes, considerar que a falta de limpeza constitui «uma vergonha» e uma «degradação dos serviços públicos».

«Eu próprio expus a situação, quer pessoalmente, quer por e-mail, à Infraestruturas de Portugal e até ao Ministério das Infraestruturas e Habitação. Em Rendufe, há cerca de 2,5 quilómetros de estrada nacional e neste momento os passeios já não podem ser utilizados tal é a vegetação existente», referiu.

Antunes reiterou que a limpeza é uma responsabilidade da Infraestruturas de Portugal e que deveria ter sido realizada em Abril e Maio, preparando a época de Verão, em que o número de utilizadores das vias «aumenta muito», quer a nível de trânsito automóvel, quer em termos de circulação pedonal.

«Enquanto presidente de Junta, não estou disponível para assumir uma responsabilidade que não tenho. Cabe à Infraestruturas de Portugal cumprir aquilo a que estão obrigados», frisou.

A Câmara e as Juntas de Freguesia esperam que a tomada de posição conjunta permita sensibilizar para a necessidade de limpeza das vias. «Essa é a nossa intenção. Caso não aconteça, teremos de estudar outras medidas, porque a situação tem de ser rapidamente resolvida», garantiu Manuel Moreira.

Entretanto, em declarações à agência Lusa, fonte oficial da Infraestruturas de Portugal reconheceu que «houve um atraso» em relação à previsão para a realização dos trabalhos, acrescentando que, «no início da próxima semana», dará início à limpeza das bermas da EN 205 e da EN 205-3.

[Notícia actualizada]

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