O Ministério Público (MP) acusou de peculato um antigo presidente do conselho de administração da Empresa Municipal de Educação e Cultura de Barcelos, por alegadamente ter inflacionado o número que quilómetros que percorreu em serviço.
O MP diz ainda que o arguido, “aproveitando-se das funções que exercia, autorizou pessoalmente essas deslocações e ordenou o respetivo pagamento”.
O Ministério Público requereu a perda das vantagens obtidas pelo arguido, no valor global de 1.127 euros.
Contactado pela Lusa, o arguido, Augusto Castro, admitiu que meteu quilómetros a mais nas fichas de deslocação, mas para compensar o valor das portagens, que diz que não lhe eram pagas.
“Ia sempre na minha viatura particular e essa era a prática corrente. Como não me pagavam as portagens, metia quilómetros a mais no valor exato das mesmas”, referiu.
O MP apresentou também a liquidação do património incongruente do arguido, promovendo a perda de mais de 5.000 euros a favor do Estado.
“Não sei que património é esse, não faço a mínima ideia do que se trata”, referiu Augusto Castro.