O primeiro-ministro, António Costa, avisou que o próximo Orçamento do Estado “só chumba se BE e PCP somarem os seus votos à direita” e disse ter dificuldade em perceber como é que a esquerda não apoia este documento.
Durante um encontro digital promovido pelo PS, e no qual participou enquanto secretário-geral socialista, António Costa assumiu não estar tranquilo, uma vez que há “um grau de indefinição” em relação ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) que “não é saudável para o país”, mas garantiu que está de “consciência tranquila” com aquilo que o Governo tem feito sobre esta questão.
“Este orçamento só chumba se o BE e o PCP somarem os seus votos à direita”, avisou.
António Costa afirmou que passa o tempo “a ouvir os partidos à esquerda do PS a dizer que o PS se junta à direita”.
“Vamos lá ver, basta eles não se juntarem à direita e o orçamento passa”, desafiou.
O primeiro-ministro reforçou ainda a ideia de que a proposta orçamental do Governo que deu entrada na Assembleia da República “já traduz muito do trabalho desenvolvido na negociação” com BE, PCP, PEV e PAN.
“Que esses partidos desejem ainda algumas melhorias, é normal que o façam e com certeza a negociação prosseguirá até à votação final global. Agora, com toda a franqueza, eu devo dizer que não percebo como é que um partido à esquerda recusa na generalidade este orçamento”, condenou.