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Arrancou a transformação da Casa Ascensão Correia em Centro de Expressão pela Arte de Barcelos

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Já arrancaram as obras de reabilitação da Casa Ascensão Correia, em Barcelos, que recebe dentro de um ano o Centro de Expressão pela Arte, um investimento de quase meio milhão de euros, financiado por fundos comunitários, anunciou esta terça-feira a autarquia.

Situado na rua Fernando de Magalhães, em pleno centro histórico da cidade, data do início do séc. XIX, e apresenta sinais de obras de ampliação posteriores. “O seu corpo principal reflecte um inegável valor na imagem urbana do núcleo histórico”, refere a Câmara Municipal, que investe cerca de 190 mil euros no projecto.

Com a instalação do Centro de Expressão pela Arte, pretende-se, afirma a autarquia “dinamizar a ligação do Museu de Olaria à comunidade local, com maior incidência na comunidade escolar, através do desenvolvimento de actividades lúdicas e recreativas que visam a valorização cultural”.

Com esse objectivo, foi desenvolvido um programa de reabilitação que pretende “revitalizar e valorizar” o edifício dotando-o de espaços adequados ao seu uso, nomeadamente na criação de um laboratório/oficina e três salas/oficinas para formação e experimentação de actividades relacionadas com as artes plásticas e de expressão de conhecimentos artísticos, bem como os espaços de apoio; instalações sanitárias, recepção e infra-estruturas de apoio.

O PROJECTO

As obras de ampliação previstas, com a duração de um ano, consistem na criação de dois volumes sobrepostos, distintos na sua materialidade, que se interligam numa estrutura de dois pisos acima da cota de soleira, resultando numa composição volumétrica em ‘L’. O novo volume comunica e articula-se com a construção existente (através de vãos existentes) ao nível dos dois pisos.

O projecto integra a requalificação da antiga viela do Pessegal, de forma “a manter viva a memória urbana da cidade” e possibilitar a acessibilidade pedonal da rua Fernando Magalhães com o parque fluvial da cidade (zona ribeirinha). A viela prolonga-se pelas escadas existentes até ao postigo (portão) na muralha, caracterizado por um vão em arco em cantaria de pedra em granito.

O edifício é acessível a partir da Rua Fernando Magalhães. O acesso principal é feito pela viela do “’Pessegal’ até a um pequeno átrio exterior (interior do logradouro). A segunda entrada permite o acesso directo da rua com o interior do edifício.

No rés-do-chão a distribuição espacial é organizada por uma oficina para artes plásticas e um laboratório de artes e conhecimentos com acesso ao alpendre e jardins. O primeiro andar é composto pela oficina, de um corredor de circulação e distribuição em passadiço e uma sala/oficina com acesso ao terraço.

No terraço está previsto mobiliário e equipamentos adequados a espaços de estar e convívio de forma a tirar partido da paisagem ribeirinha e da beleza natural do Rio Cávado.

Toda a estrutura e traça arquitectónica do corpo principal são mantidas e recuperadas, num total de 168.0 m2 de área de construção, assegura a Câmara, presidida pelo socialista Miguel Gosta Gomes.

O EDIFÍCIO

Actualmente, o edifício encontra-se em ruína, mas em “condições de segurança” fruto da intervenção do município através de “um conjunto de trabalhos de limpeza e desmonte dos pavimentos e coberturas, tratamento de paredes-mestras e contenção da fachada principal através de uma estrutura metálica para sustentação da mesma”.

A construção encontra-se implantada num logradouro/jardim de aproximadamente 575,0 m2, criando uma espécie de varanda sobre as margens do rio Cávado. Este jardim possui um portão conhecido por ‘Postigo do Pessegal’ (antigo postigo da muralha), outrora usado como acesso ao rio através de uma viela que ao longo dos tempos foi ocupada e camuflada pela propriedade que é a zona de intervenção do projecto de reabilitação.

O edifício tem dois pisos acima da cota de soleira, uma área de implantação de 198,50 m2 e uma área bruta de construção de aproximadamente 393,00 m2. A zona de intervenção encontra-se delimitada pela muralha medieval na vertente sul, a poente pela casa ‘Conde Vilas Boas’ (parede em granito que se desenvolve ao longo de todo o lote), a norte a rua Fernando Magalhães e a nascente pelo edifício habitacional da autoria do arquitecto Adalberto Dias.

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