A Assembleia Municipal de Amares aprovou, esta sexta-feira à noite, a celebração de um contrato-programa de desenvolvimento desportivo com o FC Amares que prevê a antecipação de 150 mil euros do subsídio atribuído pela autarquia ao clube, que deveria ser disponibilizado durante 10 anos.
A proposta foi aprovada por unanimidade e surge no seguimento da mesma decisão ter sido aprovada em sede de executivo municipal, igualmente de forma unânime. Na prática, em causa está a antecipação do valor que já estava definido desde 2010, aquando da realização de um empréstimo bancário para custear a colocação de um relvado sintético no campo secundário do FC Amares.
Em função desta nova proposta, o subsídio anual do clube, que até então era de 35 mil euros, passará a 20 mil euros, uma vez que o remanescente – que se destinava ao crédito bancário – já será agora liquidado.
Durante as intervenções, Mónica Silva, do PS, admitiu que este “não é um assunto pacífico”, mas defendeu que, “mais importante do que apurar responsabilidades, é preciso encontrar soluções para o futuro”, que “não sejam fugazes”.
“O município conseguiu efetivamente resolver isto”, vincou, considerando que o contrato estabelecido “defende o interesse público” e que permitirá ao FC Amares saldar a dívida existente sem que isso implique a colocação de mais dinheiro por parte da autarquia.
O presidente da Junta de Rendufe, José Antunes, disse que é a segunda vez que é chamado a “votar a salvação do FC Amares”, tendo a primeira sido há cerca de 40 anos, quando o estádio esteve hipotecado e “teve de ser a Câmara a chamar a si a posse e pagar as dívidas”.
“Votei a favor e o estádio passou a ser municipal. Hoje é evidente que voto também a favor deste plano para salvar pela segunda vez o FC Amares”, afirmou o autarca de Rendufe, que não deixou de fazer a ressalva que o município “fica obrigado, em situações futuras, a salvar qualquer instituição que esteja em dificuldades”.
Desenvolvimentos na edição impressa de março, quarta-feira (dia 05) nas bancas.