A Assembleia Municipal de Amares aprovou esta sexta-feira o Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos com os votos favoráveis da bancada da coligação “Juntos por Amares” e dos presidentes de Junta e com a abstenção do Movimento Amares Independente e Solidário (MAIS). O PS votou contra.
Numa sessão que não contou com a presença do autarca Manuel Moreira, por se encontrar em isolamento profiláctico, a oposição teceu muitas críticas aos documentos, considerando que nem dão resposta aos problemas do concelho.
«É a oitava vez que apreciamos e votamos um orçamento deste executivo. Esperávamos agora algo diferente, mas não. É mais do mesmo e muitas promessas. Voltamos ao “engana meninos” de 2017», criticou Mónica Silva, do PS.
Para os socialistas, o Orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos mostram uma «estratégia desnorteada», uma «política de despesismo» e «repetem as mesmas actividades e apoios de sempre».
«PSD e CDS manterem o poder em 2021 é aquilo que importa», atirou.
Na mesma linha, José Antunes, do MAIS, apontou que «as obras com verba definida são de facto muito reduzidas» e lamentou «pouco investimento» nos serviços de saneamento, abastecimento de água e recolha de lixo.
Em contraponto, criticou que a autarquia pretenda gastar «quase um milhão de euros» para requalificar o parque da feira semanal, considerando que se trata de «mais uma obra megalómana e de fachada».
«É um plano e um orçamento que no fundamental são mais do mesmo», resumiu.
Perspectiva diferente mostrou o representante da coligação “Juntos por Amares” (PSD/CDS-PP), Alberto Paz, para quem os documentos «espelham o princípio de equilíbrio financeiro» e «vão ao encontro das verdadeiras necessidades dos amarenses».
Destacou que a previsão aponta para uma receita corrente superior à despesa corrente em cerca de três milhões de euros e que, no final do próximo ano, «o saneamento chegará a 70% do concelho».
«O executivo identifica e soluciona as verdadeiras necessidades, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos amarenses», vincou.
Os documentos acabaram aprovados por maioria, com as duas abstenções dos elementos do MAIS e os cinco votos contra da bancada do PS.