A Assembleia Municipal de Amares aprovou esta quinta-feira à noite, por unanimidade, a segunda revisão ao Plano Diretor Municipal (PDM), ocasião que o presidente da Câmara, Manuel Moreira, aproveitou para criticar a “inflexibilidade” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que “impediu” a expansão do parque industrial de Rendufe.
Na intervenção realizada antes da votação, o autarca lembrou que este foi um “processo longo e complexo”, cujo trajeto “não foi fácil nem linear”, tendo havido a necessidade de realizar “reuniões infindáveis” e “debates ferozes” com mais de duas dezenas de entidades.
Manuel Moreira lamentou as dificuldades encontradas, nomeadamente “o facto de a Agência Portuguesa do Ambiente não ter permitido a ampliação da área construtiva do parque industrial de Rendufe, que permitiria a edificação de 20 pavilhões industriais para venda a custos controlados”.
Segundo o autarca, “a APA considera a existência de uma linha de água que apenas consta na cartografia, mas não no terreno”. “A inflexibilidade desta restrição inquieta-me enquanto decisor político e traz até frustração”, afirmou, sublinhando as “consequências negativas” que daí advêm.
Apesar disso, Manuel Moreira garantiu que a autarquia “não baixa os braços” e que, por isso, pretende avançar com um Plano de Pormenor para aquela zona.
O período de discussão contou apenas com a intervenção do presidente da Junta de Rendufe, José Antunes, para quem o “impedimento” da expansão da zona industrial da freguesia é “incompreensível”, embora “não seja o único problema” detetado pelo autarca.
“Não compreendo como é que na EN 205-3, de Rendufe a Bico, não se pode construir ao longo da estrada, como não compreendo que não se possa na Avenida da Cova e na Avenida do Mosteiro. São locais onde já há construção implantada, por isso seria dar continuidade”, apontou.
O documento acabou aprovado por unanimidade, no seguimento do que já acontecera no órgão executivo, na última segunda-feira.