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TERRAS DE BOURO

TERRAS DE BOURO -
Associação ambiental contra projeto que prevê construção de miradouro na ‘cascata do Tahiti’ no Gerês

A FAPAS – Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade contestou, esta quinta-feira, o projeto apresentado pela Câmara de Terras de Bouro para a zona da cascata de Fecha de Barjas, conhecida como cascata do Tahiti, considerando que se trata de um “atentado ambiental que está a ser preparado no Parque Nacional da Peneda-Gerês” (PNPG).

Em comunicado, os ambientalistas consideram que a obra pretende fazer daquela cascata “uma espécie de circo, transformando um troço de paisagem natural, das mais valiosas do PNPG, num cenário completamente artificial e urbano, a avaliar pelas fotos 3D divulgadas, e mesmo este de duvidosa qualidade”.

“Não desconhecemos a sucessão de acidentes que tem ocorrido naquele local, fruto da impreparação para andar na serra e da temeridade de alguns. Mas a Cascata de Fecha de Barjas não oferece maiores perigos que fazer percursos pedestres na restante área do PNPG (ou noutra área montanhosa), por quem não esteja preparado para a montanha. E, com medidas mais simples e baratas do que as anunciadas, o problema resolvia-se”, refere a FAPAS.

A associação lembra que aquela área é tutelada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a quem vai “apelar para colocarem ordem e cumprirem a legislação quanto a esta obra”. “Se, porventura, já houver licenciamento, apelaremos à senhora Ministra do Ambiente para o revogar e responsabilizar disciplinarmente o(s) autores”, refere.

Em causa, como o jornal “O Amarense” noticiou no dia 20 de julho, está o facto de a Câmara de Terras de Bouro ter anunciado já ter procedido à assinatura do contrato de execução da empreitada de ordenamento da visitação na Cascata de Fecha de Barjas, no seguimento de um projeto feito pela autarquia e validado pelo ICNF.

Segundo o município terrabourense, trata-se de um “significativo investimento de 205.060,09 euros” que permitirá “executar uma obra há muito esperada e assim proceder à estabilidade, às impermeabilizações necessárias, aos arranjos exteriores, às marcas rodoviárias e à sinalética necessária para que as condições de segurança e comodidade sejam significativamente melhoradas”.

A intervenção surge como uma “aposta na segurança e valorização dos recursos naturais” do território, “tornando-os verdadeiramente uma mais-valia para os turistas e para os terrabourenses e explorando desta forma as potencialidades” existentes.

O financiamento para a execução do projeto provém do ICNF, no seguimento de um protocolo assinado entre o organismo governamental e a Câmara Municipal de Terras de Bouro em outubro passado.

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