O presidente da Câmara Municipal de Braga lamentou que não exista “uma cultura disseminada” entre todas as autarquias de partilha de experiências “e uma perspectiva de abertura internacional, algo que traz grandes vantagens para os territórios”.
Ricardo Rio, que falava esta quarta-feira na segunda edição do Global Mobility Forum, sob o tema ‘International Experiences from the UMinho Community’, disse que “é essencial que exista uma maior abertura internacional das autarquias para a integração em redes de colaboração global”.
“É muito importante que exista um contacto contínuo também à escala internacional”, sublinhou. Mas apesar, de existirem algumas redes de colaboração e projectos a nível europeu com a adesão de várias cidades, como é o caso do URBACT ou da iniciativa da União Europeia para a neutralidade carbónica, “ainda não existe uma cultura disseminada entre todas as autarquias de partilha de experiências e uma perspectiva de abertura internacional, algo que traz grandes vantagens para os territórios”.
O autarca salientou ainda que Braga, nos últimos anos, se inseriu em “praticamente todas as redes relevantes” à escala global, como a Eurocities e outras redes temáticas em diferentes áreas.
“Essas colaborações têm sido extremamente enriquecedoras, permitindo a troca de experiências, a melhoria das políticas públicas e a modernização e inovação nos processos que beneficia a cidade e aumenta a qualidade de vida dos cidadãos”, referiu Ricardo Rio.
Durante o evento, organizado pela Universidade do Minho, o autarca bracarense discutiu também as perspectivas de liderança na mobilidade global, num painel onde participaram ainda o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, o vice-presidente da Escola de Arquitectura, Arte e Design, Jorge Correia, a investigadora da Escola de Engenharia, Elisabete Teixeira, e a ex-presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina, Maria Fontão.
Com a moderação a cargo da eurodeputada socialista Isabel Estrada Carvalhais, o encontro contou com participantes da academia que partilharam as suas vivências internacionais em contexto académico. Os oradores (docentes, investigadores, estudantes ou trabalhadores técnicos e administrativos da UMinho) abordaram as suas vivências ao abrigo de programas de intercâmbio nas áreas de investigação, ensino ou gestão.