A Câmara de Amares vai abrir um concurso público, de cerca de 500 mil euros, para que seja um privado a assegurar a recolha de lixo no concelho em regime de prestação de serviços.
A proposta foi aprovada esta segunda-feira, em reunião de executivo, com os votos favoráveis da maioria “Juntos por Amares” e do agora vereador independente Emanuel Magalhães. Os dois vereadores do PS votaram contra.
Na explicação do ponto, o presidente da autarquia, Manuel Moreira, disse que se trata de uma prestação de serviços que visa «resolver os problemas existentes na recolha», mas que «as taxas e os valores continuarão a ser fixados e cobrados» pelo Município.
«Faremos um contrato com uma empresa, que utilizará os seus recursos, quer em termos de pessoal, quer de veículos, para assegurar o serviço, tendo também a responsabilidade de colocar os contentores e de fazer a sua manutenção», explicou.
Manuel Moreira sublinhou que o contrato terá a duração de três anos – sendo prorrogado automaticamente por igual período – e que no final os camiões ficarão na posse da Câmara Municipal.
«Temos de dar respostas às pessoas e é isso que pretendemos fazer com esta decisão», frisou.
Os vereadores do PS, Pedro Costa e Valéria Silva, votaram contra, defendendo que deveria ser a própria autarquia a investir no melhoramento do serviço ao invés de recorrer a um privado.
«Neste momento, o serviço é mau porque houve um claro desinvestimento. Por que não utilizar a verba que já está em orçamento para investir na melhoria da recolha de lixo?», questionou Pedro Costa.
Na mesma linha, Valéria Silva disse que, segundo os documentos municipais, «a recolha do lixo custa cerca de 300 mil euros e com esta solução passará a custar 500 mil», um acréscimo de 200 mil euros que «poderiam ser usados para investir na compra de camiões».
A proposta de abertura do concurso terá ainda de ser aprovada pela Assembleia Municipal.
