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Bombeiros de Amares reclamam mais apoio e pedem respostas da Câmara

O presidente dos Bombeiros Voluntários de Amares, José Gonçalves, aproveitou as comemorações do 115º aniversário da instituição, este sábado, para reclamar mais apoio para a instituição, deixando críticas à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e pedindo respostas da parte da Câmara Municipal.

No discurso durante a sessão comemorativa, José Gonçalves disse que, quer os bombeiros, quer os dirigentes, «estão disponíveis e são colaborantes em todas as situações que lhes são colocadas, mas as recompensas são muito poucas ou quase nulas».

«Sendo um dia de festa e de aniversário, não posso deixar de dizer que, estando na presidência da Direcção desta enorme associação há 27 anos, nunca como nos últimos anos tive tanta dificuldade em perceber como é feita a contabilidade da ANEPC relativamente às despesas dos fogos florestais», apontou.

Segundo José Gonçalves, a corporação recebe «no dia 30 ou 31 de dezembro, quando já tem pago aos fornecedores há vários meses. Neste ano ainda estamos a receber despesas de 2023. Mas posso garantir que esta associação, com muitas dificuldades, já pagou aos fornecedores as respetivas despesas», assegurou.

O presidente dos Bombeiros Voluntários apontou depois à Câmara Municipal, que esteve representada no evento pelo vice-presidente, Delfim Rodrigues, a quem José Gonçalves pediu para comunicar a Manuel Moreira  «que já era tempo mais do que suficiente» para a instituição «saber a resposta ao pedido de subsídio extraordinário feito em maio».

«É um subsídio destinado, como em anos anteriores, a reforçar as verbas distribuídas aos bombeiros voluntários que fazem parte das equipas de combate aos fogos florestais. Se a resposta for sim, nós agradecemos; se a resposta for não, nós aceitamos», garantiu.

José Gonçalves considerou que «é necessário que a autarquia faça um esforço para disponibilizar mais meios financeiros» para os Bombeiros de Amares, para que seja possível dotar todo o corpo ativo de equipamentos de proteção individual, de todos os fardamentos e equipamentos e de ter «capacidade para ter viaturas em condições».

CÂMARA ENALTECE BOMBEIROS E PROMETE COLABORAR 

A câmara ouviu, mas não respondeu diretamente aos ‘desabafos’ de José Gonçalves. «Continuaremos a ter uma postura atenta, disponível e cooperante, dentro das nossas competências», garantiu Delfim Rodrigues, durante o discurso na cerimónia oficial.   Vincou, sobretudo, que «os amarenses devem gratidão e reconhecimento pelo mérito» da corporação.

À margem, em declarações ao jornal ‘O Amarense’, o vice-presidente da autarquia assegurou que «a câmara está atenta aos pedidos dos bombeiros. Estamos à espera de um parecer jurídico para o apoio extraordinário aos bombeiros».

Quanto ao restante, diz que vai abordar o assunto com o presidente de câmara municipal, Manuel Moreira, «na próxima segunda-feira, antes da reunião de câmara».

Em dia festivo,  o presidente da Assembleia-Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amares, Januário Barros, destacou «a bravura e competência», da corporação, lembrando aqueles que iniciaram esta caminhada há 115 anos atrás, realçando que «construíram algo maior do que pensaram. Inspiram-nos a construir mais».

Por isso, pediu «respeito e gratidão» aos bombeiros, pois – como salientou – «fazem a diferença na vida de muitas pessoas».

COMANDANTE QUER MELHORES CONDIÇÕES

Numa cerimónia em que o bombeiro de 1ª José Augusto Antunes foi agraciado com a ‘Medalha do Quadro de Honra’, o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Amares, Domingos Ferreira, «agradeceu o «apoio e esforços de todos».

No entanto, pediu mais apoios para concretizar obras dos balneários, da sala de aulas e da sala de comunicações, bem como «os apoios sociais da câmara».

Falou ainda na importância de criar a ‘Sala de Crise’ e o complemento à sala de comunicações. Além de «uma 3a EIP» e a melhoria das coberturas dos seguros do corpo ativo.

«Não queremos ser mais que os outros, mas somos diferentes», referiu o comandante, que observou que «se a câmara tivesse que apostar na criação de um corpo de bombeiros sapadores teria que investir anualmente 2 milhões de euros».

A cerimónia contou ainda com as presenças do Presidente da Escola Nacional de Bombeiros, Lídio Lopes, do 2º Comandante Sub-Regional do Cávado, Bruno Silva, do Secretário da Liga dos Bombeiros Portugueses, José Beleza, e da Presidente da Federação Distrital dos Bombeiros, Ana Luísa Damasceno.

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