Braga é um dos oito distritos do país que ficaram com postos de trabalho de guardas florestais por ocupar, devido à desistência de 44 formandos, revelou esta quarta-feira GNR. Os outros são Beja, Castelo Branco, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal
Em causa está o concurso de admissão de 200 guardas florestais da GNR, em que foram recebidas 2.844 candidaturas recebidas, das quais 2.353 foram consideradas válidas a concurso, mas em formação contabilizam-se, neste momento, 156 elementos, dos quais 11 mulheres.
“Em virtude do aviso de abertura contemplar 200 vagas, os distritos de Beja, Braga, Castelo Branco, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal ficaram com postos de trabalho por ocupar”, afirmou o major Gonçalves da GNR, no âmbito da cerimónia de apresentação do primeiro curso de guardas florestais da GNR, que decorreu em Queluz, Sintra.
Segundo o major Gonçalves, da GNR, os comandos territoriais com maior número de postos de trabalho situam-se em Bragança, Castelo Branco e Santarém.
Em termos de caracterização dos 156 guardas florestais em formação, o responsável da GNR indicou que as faixas etárias variam entre os 19 e os 30 anos, sendo a faixa dos 25 e 26 anos a que tem maior representatividade.
Do total de formandos, 86 foram militares, quer seja da Marinha, do Exército ou da Força Aérea, e, em termos de escolaridade, 143 têm o 12.º ano e 13 têm licenciatura.
Os distritos mais representados em termos de naturalidade dos candidatos são Bragança e Santarém, com 18 cada, seguindo-se Évora, com 15 formandos.
O período de formação destes 156 novos guardas florestais teve início em 21 Outubro de 2019 e a previsão de encerramento do curso é 17 de Abril de 2020.
Presente na cerimónia, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, destacou a “dimensão verdadeiramente histórica” do primeiro curso de guardas florestais da GNR, considerando que se trata de um “renascimento de uma tradição que vem de muito de longe e que se encontrava, por circunstâncias que não vale a pena hoje avaliar, à beira de ser perdida”.
“A última vez que tinha havido recrutamento para a guarda florestal tinha sido em 2004, há 15 anos”, apontou o responsável pela pasta da Protecção Civil.
Os guardas florestais foram transferidos para a GNR em 2006, sendo integrados no quadro de pessoal civil da Guarda Nacional Republicana para o reforço da capacidade de vigilância e fiscalização em Portugal.