Ricardo Rio defendeu, esta sexta-feira, que a Cultura “será um dos grandes pilares de afirmação da Cidade e da Euro-região, traduzindo-se num factor de qualificação da população e de competitividade económica”.
Durante a cerimónia de passagem de testemunho da Capital da Cultura do Eixo Atlântico – título que Braga irá ostentar em 2020, sucedendo a Santa Maria da Feira -, o autarca bracarense explicou que o próximo ano servirá como “balão de ensaio” para a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027.
“Queremos que essa candidatura seja euro-regional, onde todo o Eixo Atlântico se reveja e que seja capaz de agregar todas as cidades e os seus agentes culturais”, adiantou o autarca, garantindo que com o título de Capital da Cultura do Eixo Atlântico, Braga “vai continuar a afirmar-se como um território de Cultura e de desenvolvimento, onde o património se conjuga com a inovação criando dinâmicas para potenciar a expressão artística dos seus cidadãos”.
Na sessão que decorreu no Salão Nobre da Câmara de Santa Maria da Feira, Ricardo Rio explicou que Braga está “fortemente empenhada” para assumir este projecto cultural do Eixo Atlântico, salientando que a Cultura “é uma peça fundamental do desenvolvimento dos territórios e o motor do progresso de cada uma das cidades que compõem esta associação transfronteiriça”.
Rio lembrou que, ainda este ano, Braga será a sede dos Jogos do Eixo Atlântico, acolhe a Expo Cidades, além dos “vários contributos no domínio da agenda urbana, da valorização do ambiente ou da criação de oportunidades para os jovens”.
“Em vários contextos Braga tem dito presente e continuará a fazê-lo porque o Eixo Atlântico é uma realidade territorial com a qual nos identificamos e que se assume como um dos motores do desenvolvimento dos dois países e de qualificação dos nossos cidadãos”, referiu.
Também Lídia Dias, vereadora da Cultura de Braga, afirmou que o título é “um importante passo” para a cidade e uma oportunidade para o futuro. “Queremos que a Capital da Cultura do Eixo Atlântico seja um momento de afirmação da nossa identidade, que contribua para aumentar a dinâmica e o envolvimento da comunidade e dos seus agentes culturais”, sustentou.
JAZZ REGRESSA
Lídia Dias explicou que a programação será apresentada em Junho mas já foi possível levantar um pouco do véu. Certo está o regresso do jazz a Braga, numa das iniciativas propostas, além de um evento centrado exclusivamente na arte urbana, que tem como pretensão levar a Cultura às periferias.
Entre as propostas previstas está também o programa ‘Braga no Eixo’, que tem como objectivo levar os projectos culturais bracarenses em itinerância pelos 42 municípios que integram a associação transfronteiriça.
Braga pretende também criar um legado permanente desta “capitalidade” através da criação de um jardim devotado ao Eixo Atlântico, além de uma galeria onde estarão expostas todas as obras premiadas das sucessivas edições da Bienal de Pintura do Eixo Atlântico.
Além de Santa Maria da Feira, também Vila Nova de Gaia em 2009, Viana do Castelo em 2011, Ourense em 2014 e Matosinhos e Vila Real em 2016 acolheram a Capital da Cultura do Eixo Atlântico.