O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte acusou esta quinta-feira, em Braga, o grupo Trofa Saúde de “desrespeitar os direitos dos trabalhadores” dando como exemplo o “banco de horas ilegal”.
Em declarações aos jornalistas, numa concentração frente à unidade hospitalar Braga Centro do grupo, o delegado daquele sindicato, Nuno Coelho, denunciou ainda um “clima de pressão” na empresa.
“Esta é uma empresa com grande nome a nível do mercado e que não respeita os direitos, não aplica a contratação colectiva, põe os trabalhadores num banco de horas ilegal, a trabalhar a 10 e 12 horas sem pagar trabalho suplementar, não pagou o subsídio de turno a todos os trabalhadores”, denunciou o sindicalista.
O sindicato, inscrito na CGTP, denunciou ainda que há “várias centenas” de funcionários a receberam pouco acima do salário mínimo nacional, sendo que a maioria são auxiliares de acção médica e trabalhadores do ‘call center’ [que o grupo também detém], estando, “por isso, sujeitos a uma pressão constante e à precariedade”.
Nuno Coelho referiu que o sindicato anda “há dois anos a reunir” com o grupo, “para tentar que aplique a contratação colectiva, mas a empresa deixou de reunir directamente com o sindicato”.
“Tentamos levá-los ao Ministério do Trabalho mas continuam a recusar”, referiu também.
A Lusa tentou contactar o grupo Trofa Saúde, mas até ao momento tal não foi possível.