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Câmara avança com soluções de 18 milhões de euros para ‘desatar’ Nó de Infias

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São precisos cerca de 18 milhões de euros de investimento para desatar o nó de Infias, o principal ‘cancro’ rodoviário de Braga, tendo o presidente da Câmara, Ricardo Rio, já encetado contactos com o executivo de António Costa.

Estas são as principais novidades da sessão pública, realizada esta terça-feira, de apresentação do diagnóstico e as perspetivas de intervenção, imediatas e a médio prazo, para o nó de Infias.

Esta ligação constitui o principal ponto de congestionamento de trânsito da cidade por via da afluência de muitas vias estruturantes de ligação inter-regional e nacional, com reflexos negativos no trânsito local.

Ricardo Rio, presidente da autarquia, já encetou contactos com a IP e com o Ministério da tutela propondo a redefinição do Nó de Infias de uma forma que garanta a capacidade de escoamento do tráfego de atravessamento, priorizando as ligações da Variante à EN101-201 à Circular Norte (Av. António Macedo – EN14) e a capacidade de escoamento nas saídas do centro para essas vias e para o nó.

OBRA CONCLUÍDA EM 2022?

“Os serviços municipais, juntamente com a IP, já desenvolveram soluções prévias para a reorganização do Nó de Infias que carecem,  ainda, do desenvolvimento do projecto de execução e de procedimentos prévios, bem como da definição do acordo de gestão com a IP“, disse, salientando que, dependendo do desenvolvimento do cronograma das diversas acções, a conclusão da obra é possível em meados de 2022.

“Para isso será necessário iniciar, desde já, a definição do acordo de gestão e o lançamento do concurso público por parte da IP, o que permitirá iniciar a obra, com um custo de 5 milhões de euros, em 2021”, explicou Ricardo Rio.

No imediato, para minorar os impactos dos fluxos de tráfego registados no Nó de Infias, o Rio garantiu que os serviços municipais estão a desenvolver medidas de intervenção, a curto e médio prazo, na envolvente imediata do Nó de Infias que não comprometem a solução final.

Dessas soluções imediatas destaca-se a duplicação da via de saída do centro da cidade para o Nó, desde a rotunda de Infias, garantindo o aumento da capacidade de cerca de 36 para 82 automóveis. Esta situação irá aliviar substancialmente a rotunda de Infias e a área urbana envolvente e já obteve parecer favorável da IP, estando previsto para breve a assinatura do acordo de gestão e a respectiva execução.

CONTACTOS COM MINISTÉRIO

De modo a agilizar o processo, Ricardo Rio fez chegar ao ministro das  Infra-estruturas um dossier com a proposta de inclusão desta intervenção, bem como dos troços da Variante do Cávado (que garantem a ligação do Parque Industrial de Adaúfe ao nó das auto-estradas em Ferreiros, com um custo estimado de 13 milhões, totalizando 18 milhões de euros) no Orçamento de Estado e na 2ª fase do Programa de Valorização das Acessibilidades às áreas Empresariais (PVAE).

Segundo Ricardo Rio, estas duas propostas têm como principal desígnio “eliminar os fluxos de atravessamento em áreas urbanas e na rede viária local e, consequentemente, reduzir a sinistralidade e melhorar o ambiente urbano e a qualidade de vida dos cidadãos”.

O autarca referiu também que, pelo carácter polarizador de Braga, “estas intervenções vão beneficiar as empresas que se localizam neste eixo do Noroeste de Braga e nos concelhos localizados a Norte, aumentando, igualmente, a competitividade das empresas”.

SATURAÇÃO

Actualmente, os elevados volumes de tráfego gerados nas vias, sob jurisdição da Infraestruturas de Portugal (IP), não são compatíveis com a capacidade de escoamento do nó viário em questão, o que cria situações de saturação das vias locais, com constrangimentos para a adequada circulação e vivência urbana na envolvente. Recorde-se que a própria acessibilidade ao Hospital de Braga pelos concelhos localizados a Norte é efectuada integralmente através do Nó de Infias.

Conflui neste nó a Variante à EN 101-201, que estabelece a ligação dos  Concelhos de Vila Verde e Amares a Braga, e a Av. António Macedo (EN  14), na qual converge todo o tráfego proveniente da Variante à EN 14 e das auto-estradas A11 e A3.

Neste diagnóstico apresentado, conclui-se que a EN 101-201 registou,  em 2016, volumes de tráfego médio diário de cerca de 40.000  veículos/dia, sendo que na Av. António Macedo o valor corresponde a cerca de 88.000 veículos/dia.

Na via de ligação da rotunda de Infias ao Nó de Infias registou-se, em 2018, um tráfego médio de 20.000 veículos/dia, valor incomportável para o perfil desta via.

Conforme evidencia também o relatório do diagnóstico e caracterização do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Braga (PMUS), em desenvolvimento, a maioria das viagens intraconcelhias não interferem com o Nó de Infias, devendo-se a maioria do fluxo de tráfego registado aos movimentos interconcelhios. Dos fluxos atraídos ao concelho de Braga cerca de 34% acedem ao perímetro urbano através da freguesia de São Vicente.

O volume de tráfego registado no Nó de Infias gera impactos negativos  na sua envolvente urbana, ao nível da sinistralidade, qualidade do ar,ruído e, consequentemente, na qualidade de vida dos residentes.

O PNPOT (Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território) e os estudos desenvolvidos no âmbito do PROT-Norte (Plano Regional de Ordenamento do Território-Norte) já identificavam o concelho de Braga   como um concelho polarizador (cerca de 84% dos movimentos pendulares registados de e para Braga, correspondem aos movimentos pendulares que têm como destino o concelho).

Neste sentido, o concelho que gera mais movimentos para Braga é Vila Verde (localizado a Norte e apresentando fortes incidências no Nó de Infias).

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