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BRAGA

BRAGA -
Câmara «compensa» perda de receita dos TUB num valor superior a «1 milhão e 100 mil euros»

O Município de Braga vai celebrar uma adenda ao contrato programa formalizado com os TUB – Transportes Urbanos de Braga, de forma a «compensar a empresa municipal das perdas de receitas decorrentes dos efeitos da pandemia e das medidas impostas pela autarquia de apoio económico aos seus utilizadores». A proposta, que será analisada em sede de reunião de Executivo Municipal de Segunda-feira, prevê o «pagamento de 1.158.858,58€».

MEDIDAS PARA TRAVAR PROPAGAÇÃO DO VÍRUS

Tendo em conta o actual contexto marcado pela pandemia, Município de Braga e TUB criaram uma série de medidas por forma a combater a propagação do vírus, entre as quais: «a empresa municipal não cobrou os passes mensais de Março a Maio de 2020; posteriormente reduziu os tarifários em 50% para desempregados ou em situação de lay-off; ajustaram a sua oferta de forma a garantir a segurança de utilizadores e trabalhadores e permitiram a manutenção do serviço público de passageiros em níveis que garantiram as necessidades de mobilidade nos sucessivos Estados de Emergência».

Em nota enviada pode ainda ler-se que «mesmo com a limitação à venda e validação dos títulos de transporte, os TUB continuaram a assegurar os serviços à população e garantiram a mobilidade dos trabalhadores do Hospital, dos Centros de Saúde e das empresas que mantiveram a sua actividade. Estas medidas, que ajudaram muitas famílias Bracarenses a aliviar os efeitos da pandemia, representaram um custo extraordinário para a empresa municipal».

CUSTOS FIXOS E EXTRAORDINÁRIOS COM IMPACTO FORTÍSSIMO

Em Março do ano passado, a receita da venda de títulos não facturada cifrou-se nos 197.055,46€, em Abril 465.398,65€ e 496.404,47€ no mês de Maio. Dessa forma, «seguindo as orientações da autarquia bracarense, a empresa não obteve qualquer receita, continuando a incorrer em custos fixos e extraordinários com um impacto fortíssimo, na medida em que as vendas foram reduzídas a zero».

Em Janeiro e Fevereiro de 2020, e até ao primeiro Estado de Emergência, os TUB apresentavam uma trajectória de crescimento comparativamente ao período homólogo de 2019, registando um aumento médio de «4,7% na venda de títulos de transporte». Depois, entre 18 de Março e 31 de Maio, por orientação Municipal, «não houve qualquer validação de títulos a bordo e estabeleceu medidas excepcionais relativas à pandemia».

QUEBRA DE 44% NO NÚMERO DE VALIDAÇÕES E REDUÇÃO DE RECEITA DE VENDA DE TÍTULOS EM 38%

Com a gradual retoma das actividades económicas, os TUB retomaram a sua oferta de serviço. No entanto, a situação epidemiológica no país manteve-se crítica com efeitos nefastos ao nível económico e social. Esses efeitos fizeram-se sentir com impacto elevado ao nível «operacional, económico e financeiro na actividade da empresa municipal de transportes, representando uma quebra de 44% no número de validações e uma redução de receita de 38% na venda de títulos».

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