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Câmara de Amares alarmada com possibilidade de concessão do Mosteiro de Rendufe cair

A eventual queda da reabilitação do Mosteiro de Rendufe, por via de um acordo de concessão no âmbito do programa Revive, voltou esta segunda-feira a ser tema na reunião de Câmara de Amares. O executivo está alarmado com a possibilidade de o negócio não avançar.

Na reunião desta segunda-feira, o vereador independente Emanuel Magalhães, que disse ter “informação informal” de que o operador privado que ganhou o concurso de concessão não vai avançar com o projeto.

“A confirmar-se, é muito mau. Este é um assunto que já trouxe há alguns meses e antecipadamente alertei para a necessidade de acautelar um plano B. É pena que se tenha chegado a esta situação”, referiu.

Emanuel Magalhães mostrou-se particularmente preocupado com a cobertura do antigo refeitório dos monges, que “pode ruir a qualquer momento”, pedindo que sejam feitas as necessárias “diligências” para salvaguardar o património.

“Se de facto for verdade [que a concessão não avança], temos de tomar decisões rápidas, nomeadamente através da CCDR-N [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte], para acautelar uma intervenção de salvaguarda”, frisou Emanuel Magalhães.

O assunto apanhou de surpresa o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, que assegurou não ter conhecimento oficial da eventual desistência da concessão e disse já ter pedido uma reunião à CCDR-N para abordar precisamente o estado deste processo.

“Não tenho nenhuma indicação até hoje, mas irei averiguar. Vamos insistir na marcação da reunião, que já foi pedida e cujo tema é esse mesmo: o Mosteiro de Rendufe. Se a concessão não avançar será lamentável”, disse o autarca.

Conforme “O Amarense” então noticiou, o contrato de concessão de exploração do Mosteiro de Rendufe, no âmbito do programa Revive, foi assinado em agosto de 2021. Válido por um período de 50 anos, o acordo foi celebrado entre a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e a Direção Regional de Cultura do Norte, enquanto entidades concedentes, e a empresa Principal Segmento, vencedora do concurso.

Mais recentemente, em março, o assunto foi levado à reunião de executivo por Emanuel Magalhães, que aludiu a um “impasse” no processo tendo em conta um pedido de alteração ao projeto inicial por parte da empresa que ganhou a concessão.

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