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Câmara de Amares aprova contas com voto contra dos vereadores do PS

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A Câmara de Amares aprovou esta quarta-feira, com os votos favoráveis da maioria PSD/CDS-PP e os votos contra dos dois vereadores do PS, os documentos de prestação de contas do ano de 2023, que apresentam um resultado líquido positivo superior a dois milhões de euros.

Na apresentação do ponto, o presidente da autarquia, Manuel Moreira, disse que as contas “revelam a gestão rigorosa e equilibrada das finanças municipais, mas também a ambição e forte desejo de concretização de projetos estruturantes para a qualidade de vida da população e das empresas”.

“O município de Amares apresenta-se com uma robusta saúde financeira, da qual muito nos orgulhamos, tendo transitado para o presente ano com o maior saldo de gerência de sempre no valor de três milhões e meio de euros, sem ter sacrificado o investimento”, acrescentou.

Segundo o autarca, em 2023, a Câmara de Amares investiu “mais dois milhões de euros em comparação com o ano anterior”, tendo “conseguido continuar a sua rota de crescimento financeiro” ao apresentar “o maior valor orçamental executado, 22 milhões de euros, da história financeira municipal”.

Manuel Moreira lembrou a importância de “investimentos que não se veem e que por isso não dão créditos políticos, mas que são indispensáveis para a qualidade de vida das populações”, como a melhoria da rede de abastecimento de água e a execução de “inúmeras condutas de drenagem de águas pluviais em várias freguesias”.

De acordo com os documentos aprovados pelo executivo, no último ano, os valores de execução da receita global atingiram uma taxa de 91% e os valores de execução da despesa global atingiram uma taxa de 77%. Em termos numéricos significa que em 2023 foram arrecadados 22 milhões e 40 mil euros e foram gastos 18 milhões e 600 mil euros.

“Atingimos o maior valor de arrecadação de receita corrente de sempre, a receita cobrada foi superior à despesa paga em cerca de três milhões e meio de euros, aumentámos os proveitos e ganhos em cerca de um milhão e 800 mil euros e a dívida municipal reduziu, o que permitiu um aumento da margem de endividamento para um montante superior a sete milhões de euros”, especificou Moreira.

OPOSIÇÃO CRITICA “DESNORTE”

Os vereadores do PS, Pedro Costa e Valéria Silva, votaram contra, dizendo não se reverem no modelo de gestão adotado pela coligação que lidera o executivo camarário, no qual “as despesas correntes impedem que haja as verbas necessárias para investir” nas necessidades do concelho.

“Há coisas bem feitas, as quais saudamos, mas há um modelo com que não concordamos e que, na nossa perspetiva, é preocupante”, apontou Pedro Costa, sublinhando que é no campo da despesa que está a “dor de cabeça maior” e a “grande ameaça” à governabilidade da autarquia.

“Ao contrário das despesas de investimento, há um aumento de 15% de despesas correntes, com especial incidência nas despesas de pessoal”, afirmou o vereador socialista, numa posição contrariada por Manuel Moreira, que disse que atualmente a Câmara tem “mais de 300 funcionários” e que “muitos deles” foram integrados no âmbito da transferência de competências por parte do Governo.

Pedro Costa criticou ainda aquilo que diz ser o “desnorte” do executivo camarário, onde há “muitos processos erráticos”, nomeadamente nas obras públicas, que transformam o concelho num “estaleiro permanente” e deixam as pessoas “cansadas e desgastadas”.

“Foi o modelo de gestão [da coligação PSD/CDS-PP] que deixou o concelho neste estado. Aprovar este documento de prestação de contas seria trair Amares e os amarenses”, concluiu.

O vereador independente Emanuel Magalhães não esteve presente na reunião, tal como Delfim Rodrigues, que integra a maioria “Juntos por Amares”.

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