O executivo municipal de Amares aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, a segunda revisão ao Plano Diretor Municipal (PDM), um documento orientador do ordenamento do território que terá ainda de ser aprovado pela Assembleia Municipal.
O presidente da Câmara, Manuel Moreira, disse que a elaboração do documento resultou de “reuniões infindáveis e debates ferozes”, culminando um “processo longo e complexo” em que houve necessidade de auscultar 23 entidades diferentes.
“Estamos a construir a resposta, com ponderação e adaptação, às novas necessidades socioeconómicas, aos desafios demográficos e às preocupações ambientais e de sustentabilidade de vária ordem”, explicou.
Manuel Moreira realçou que, “não obstante o espírito da lei que rege a revisão do PDM, nomeadamente o seu objetivo de reduzir as áreas urbanas”, a Câmara de Amares “procurou encontrar soluções que permitam valorizar o território e salvaguardar ao máximo as áreas urbanizáveis, preservando a sua aptidão construtiva”.
“O trajeto que agora percorremos sobre este assunto não foi fácil, nem linear. Teve – e ainda tem – as suas vicissitudes e algumas dificuldades, em relação às quais não posso deixar de dar nota pública, lamentando-as. Desde logo, o facto de a Agência Portuguesa do Ambiente não ter permitido a ampliação da área construtiva do parque industrial de Rendufe, que permitiria a edificação de 20 pavilhões industriais para venda a custos controlados”, criticou o autarca.
O documento terá ainda de ser aprovado pela Assembleia Municipal, que vai reunir de forma extraordinária na próxima quinta-feira (31 de outubro).