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REGIÃO (Alto Minho)

REGIÃO (Alto Minho) -
Caminha quer acordo com Património Cultural para expor piroga encontrada há 39 anos

A Câmara de Caminha vai celebrar com o Património Cultural IP um contrato de cedência da primeira piroga monóxila encontrada há 39 anos, no rio Lima, em Viana do Castelo, para ficar exposta no museu municipal, foi hoje divulgado.

Em comunicado, a autarquia revelou que a minuta do contrato a estabelecer com o Património Cultural IP foi aprovada em reunião camarária.

O acordo prevê a cedência da piroga, embarcação construída a partir de um único tronco de árvore, classificada como tesouro nacional, por um período de cinco anos, prazo que pode vir a ser renovável.

Designada Lima 1, a piroga remonta ao período entre a segunda metade do século X e a primeira metade do século XI.

Contactado pela agência Lusa, o coordenador do museu municipal de Caminha, Sérgio Cadilha, estimou que durante o mês de julho o exemplar deverá estar em exposição no concelho.

O responsável explicou que “ainda faltam concluir todos os procedimentos burocráticos para que seja autorizado o transporte da piroga do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em Lisboa, para Caminha”.

Sérgio Cadilha adiantou ainda que está a ser preparada a sala do museu de Caminha onde a peça irá ficar exposta, numa “vitrina própria” indicada pelo Património Cultural IP.

Para poder integrar o espólio do museu de Caminha “foram estabelecidos vários requisitos, designadamente, a sala de exposição e medidas de segurança”.

“Há condições ambientais, de humidade relativa, temperatura e iluminação, assim como a ausência de vibração e de poluentes atmosféricos que terão de ser cumpridos”, é referido na nota da autarquia.

A “piroga foi retirada do leito do rio Lima, em Viana do Castelo, no dia 2 de março de 1985 e transportada para um armazém pertencente à capitania local, onde passou despercebida”, de acordo com o município.

Viria a ser comprada, por Raúl de Sousa, à época funcionário da Câmara de Caminha e pertencente ao grupo organizador do Museu Municipal de Caminha (MMC).

Segundo Sérgio Cadilha, “devido às deficientes condições preventivas do depósito, a piroga foi transferida, inicialmente para o Museu Monográfico de Conímbriga e, depois para as instalações do CNANS, em Lisboa, onde iniciou o processo de consolidação com vista à secagem e estabilização em ambiente seco”.

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