O Carvalho de Calvos, árvore centenária da Póvoa de Lanhoso, é uma das finalistas do concurso ‘Árvore do Ano 2025’. Já se iniciou a votação online.
Também conhecido como Carvalha grossa ou Carvalha da Fondoua, é um Carvalho alvarinho (Quercus robur). Desde Agosto de 1997, é uma árvore classificada de interesse público.
Ao longo de mais de 500 anos de história, o carvalho mais antigo da Península Ibérica não teve uma vida fácil. Possui uma cratera na base que chegou a ser revestida por cimento, teve ramos amputados por doença e sobreviveu a fogueiras. Ainda assim, o Carvalho de Calvos manteve o porte e a beleza. Hoje é valorizado como património único do concelho e do país e deu até origem a um centro de educação ambiental.
Conhecido também como Carvalha Grossa, Carvalha da Tojeira ou de Fondoua, é por Carvalho de Calvos que este carvalho-alvarinho (Quercus robur L.) ganha maior notoriedade, aproveitando o nome da povoação onde assenta raízes: Calvos, em Póvoa de Lanhoso.
Com mais de 500 anos – verificados por um estudo de datação feito em 2011, através do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, segundo informação prestada pelo Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos ao Florestas.pt –, este é o exemplar de Quercus robur mais antigo da Península Ibérica. Considera-se, ainda, que é o segundo mais antigo da Europa.
Apesar da idade respeitável, esta árvore continua a apresentar um porte altivo e uma copa robusta. E, mesmo perante a falta de material lenhoso na base do tronco, o Carvalho de Calvos chega já a uma altura aproximada de 30 metros. O perímetro do tronco na base é de 11,5 metros, segundo as medições oficiais do Registo Nacional de Arvoredos de Interesse Público, que remontam a 2015.
Ao longo do tronco, ramos e folhas, esta árvore serve de “residência” a vários seres vivos. O mais icónico é a vaca-loura (Lucanus cervus), a maior espécie de escaravelhos existente em Portugal. Estes insetos, que são uma espécie protegida, dependem de árvores antigas, sobretudo de folha caduca, como é o caso do carvalho-alvarinho.
CENTRO INTERPRETATIVO
O Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos (CICC) é também o Centro Ambiental da Póvoa de Lanhoso, pretendendo encaminhar os mais jovens e os cidadãos para uma utilização mais responsável e eficiente dos recursos naturais. É um espaço dedicado a atividades para todas as idades, crianças, jovens, adultos e idosos com temáticas relacionadas com a educação e a sensibilização ambiental. No plano de atividades são comemoradas as datas importantes ao nível ambiental e também feitas atividades especificas conforme o interesse das instituições que nos procuram.
O CICC está localizado na freguesia de Calvos, terra natal de Gonçalo Sampaio (ilustre botânico e etnógrafo) a cerca de três quilómetros do centro da Vila da Póvoa de Lanhoso.
A existência deste Carvalho, motivou a aquisição desta propriedade privada por parte do Município da Póvoa de Lanhoso e foi criado um espaço de apoio à interpretação do Carvalho de Calvos e todos os ecossistemas que envolve. Foi criado o Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos e inaugurado em Junho de 2005. São realizadas inúmeras visitas técnicas por ano e atividades que têm por objetivo a divulgação do Carvalho de Calvos para diferentes públicos-alvo.
O Carvalho tem sido ao longo dos séculos uma árvore considerada muito importante sendo a ela que estão associados muitos rituais celtas e na Península Ibérica era considerada como um símbolo de força e resistência.
O Carvalho de Calvos, Carvalha grossa ou Carvalha da Fondoua, nomes pelos quais vulgarmente o Carvalho é conhecido é um Carvalho alvarinho (Quercus robur) e é desde 22/08/1997 uma árvore classificada de interesse público.
Esta classificação foi conseguida dadas as suas características ímpares e únicas. Estima-se que seja o Carvalho mais antigo da Península Ibérica e o segundo mais antigo da Europa.
No CICC também funciona serviço técnico do Gabinete de Apoio ao Bioagricultor (Gabio), criado no final do projeto Biologic@ (Interreg IIIC) com funções como a gestão técnica das hortas camarárias em modo de produção biológico, a divulgação de práticas de agricultura biológica, o apoio técnico a bioagricultores, a dinamização de diversas atividades técnicas com diferentes públicos, a orientação de estágios específicos, a dinamização de provas de produtos biológicos no Bar Biológico, dinamização do núcleo PROVE da Póvoa de Lanhoso e para os mais jovens a recriação da história do livro “O Mundo da Agricultura Biológica”, editado pelo Município em 2008.
A sensibilização para a valorização e a proteção da natureza é por isso uma componente fundamental no CICC para a reflexão de um modelo de sociedade mais sustentável e responsável no uso dos recursos.
O parque com 3.1ha é um ótimo local para atividades de lazer e de recreio, pela sua tranquilidade e espaço de ar livre mas também é um local de aprendizagem, pois diversas atividades são dinamizadas no exterior do centro, como é exemplo as visitas guiadas, as atividades práticas nas hortas ou nas aromáticas e medicinais, os jogos com cariz ambiental, os percursos de identificação das espécies presentes no parque e a valorização das espécies autóctones.
VOTAÇÃO
Para votar no Carvalho de Calvos pode fazê-lo até dia 11 de Dezembro, no link (clique)