No simbólico mês da liberdade, a Casa da Memória de Guimarães (CDMG) celebra o seu 2º aniversário de portas abertas a todos quantos queiram conhecer os cantos da Casa. No próximo dia 25 celebra-se para lembrar que a Casa da Memória está aberta ao mundo há dois anos e prossegue o seu caminho como espaço de lembrança, de inclusão e tolerância, de conhecimento e partilha, de pluralidade e diversidade. É desta forma que a CDMG se posiciona no território a que pertence e na comunidade que serve. É assim desde a sua abertura, assim promete continuar no ano que há de vir.
Neste dia comemorativo, a Casa da Memória propõe ao público uma série de actividades com entrada livre que promovem a experimentação, a visita, o intercâmbio e, claro, a memória. Com actividades em modo contínuo, durante a manhã e a tarde, a Casa oferece um vasto programa de visitas e oficinas (10h00-13h00 e 14h00-18h00) que estimula a descoberta, a pertença e a participação. Dos bordados à expressão plástica, da olaria ao movimento, da cozinha à música, da fotografia à narração. A entrada é livre e para todas as idades. O programa de visitas e oficinas disponíveis ao longo deste dia pode ser consultado em www.casadamemoria.pt.
Às 15h00 terá lugar uma conversa que tem como mote a pergunta “Onde estava no 25 de abril de 1974?”, juntando o público às convidadas Ana Maria Lopes, Joaquina Campos, Manuela Juncal, Milice Ribeiro dos Santos e Rosa Guimarães, numa conversa participada pela assistência e moderada por Matilde Seabra. A pergunta ficou célebre na caricatura de Herman José a Baptista Bastos. Agora, é tempo de lhe dar resposta na Casa, derivando do plano do humor para o vasto campo da memória. Onde estávamos a 25 de Abril de 1974? O que fazíamos? O que lembramos? Pelo segundo ano consecutivo na CDMG, este encontro colectivo na sala do Repositório recebe memórias de um dia inesquecível.
As actividades deste dia incluem também a projecção do filme “Toute La Mémoire du Monde” (Alain Resnais, 1956, 21 min.). Apresentado por Eduardo Brito, o filme “Toda a Memória do Mundo” é tanto um olhar sobre o funcionamento interno da Bibliothèque Nationale de France em Paris como uma peça meditativa sobre a fragilidade da memória humana e as formas pelas quais tentamos fortalecê-la.