Catarina Martins questionou, através da Assembleia da República, o ministério de Saúde sobre o encerramento há mais de seis meses da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, pólo de Apúlia, em Esposende, sem que tenha sido cumprida a promessa da sua transferência para um espaço alternativo.
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE), recordando que o encerramento de forma “temporária” em finais de Novembro passado, foi justificado pela Autoridade de Saúde por uma alegada “deterioração da qualidade do ar” denunciada pelos profissionais de saúde e utentes da unidade de saúde, pretende que Manuel Pizarro diga se “já estão apuradas as causas para a deterioração da qualidade do” ar e que “diligências têm sido efectuadas com a Junta de Freguesia e Câmara Municipal para que seja encontrado um espaço alternativo”.
“Em causa está uma população maioritariamente idosa, residentes numa localidade com pouca oferta de transportes públicos, desta forma obrigando os utentes a deslocarem-se alguns quilómetros para acederem às suas consultas e os tempos de espera são imensos”, escreve a deputada do BE no requerimento ao ministério da Saúde, acrescentando que “segundo as denúncias a população tem de se deslocar de madrugada para conseguir obter uma consulta”.
A deputada bloquista quer ainda saber qual a previsão para a reabertura daquela unidade de cuidados de saúde personalizados.
Solidarizando-se com a população de Apúlia, o BE considera que “é fundamental encontrar uma solução imediata para a reabertura da Unidade de Saúde Personalizados de Apúlia e assim garantir o acesso básico de cuidados de saúde de proximidade”.
A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Apúlia e Fão está dividida em dois pólos, um em Apúlia e outro em Fão, com cinco médicos, abrange um total de 9360 utentes, de quatro freguesias do concelho. Dos 9.360 utentes 1.331 não têm médico de família.