BRAGA

BRAGA -
CDS Braga reivindica prioridade na vacinação para pessoas com paralisia cerebral, autismo e patologias de foro mental

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

A Concelhia de Braga do CDS-PP defende que as pessoas com deficiência, utentes, profissionais dos centros de dia e de apoio domiciliário sejam incluídos no grupo prioritário na toma da vacina contra a covid-19, e alerta para que um plano de vacinação a “conta gotas” pode ter “consequências irreversíveis” para alguns destes cidadãos.

De acordo com Altino Bessa, presidente da Concelhia centrista, o plano de vacinação exclui “alguns grupos frágeis que, dado o contexto clínico e/ou social”, em particular, pessoas com deficiência, nomeadamente paralisia cerebral ou autismo e outras patologias do foro mental, “patologias que têm, normalmente, comorbidades associadas geralmente, imunodeprimidas”

“Estamos perante uma situação extremamente inquietante para famílias e instituições que acolhem estes utentes”, alerta em comunicado ao PressMinho, considerando que “esta conjuntura não deveria ser uma preocupação apenas para quem lida diariamente com estas problemáticas”, mas “uma preocupação para a sociedade civil no seu todo”.

MAIS FRÁGEIS EM “SEGUNDO PLANO”

Para o também vereador da Protecção Civil no município bracarense, “a ideia que transparece é a de que, em alguns casos, a priorização na vacinação é dada a quem tem mais poder reivindicativo, ficando os grupos mais frágeis para ‘segundo plano’”.

Lembrando que no concelho de Braga “existe um número considerável de instituições que acolhem pessoas com deficiência nas mais variadas faixas etárias”, Bessa assegura que “quem está no terreno e conhece de perto os problemas sentidos nestas instituições e nas famílias, sabe que já houve contágios e que o desfecho não foi feliz”.

Entre as instituições, o dirigente centrista nomeia os lares residenciais para pessoas com deficiências associadas – “muitas delas profundas” -, onde os utentes “não conhecem o conceito de distanciamento”, não o conseguem cumprir quando saem à rua e revelam dificuldade no uso da máscara.

SINTOMAS MAIS GRAVES

O centrista defende que ainda que estes jovens e adultos institucionalizados “deveriam ser também vacinados para poderem frequentar, de novo, os chamados CAO – Centros de Actividades Ocupacionais”, sublinhando que “são pessoas que fazem aquisições, ao longo da vida, e que demoram meses, por vezes anos, a aprender algo”.

“Infelizmente conhecemos alguns episódios de infecção que nos levam a constatar que os sintomas, nestas pessoas, são muito mais graves, e o risco de hospitalização, em caso de infecção por covid-19, é superior”, refere, acrescentando que “é do conhecimento público que o risco de mortalidade face às patologias associadas é maior”.

Altino Bessa defende, assim, que perante “estas e outras evidências científicas que são do conhecimento geral, não podemos conceber que até à data este grupo não tenha sido priorizado no plano de vacinação contra a covid-19”.

“A sensação é a de que este plano anda a “conta gotas”.  Cada dia que passa é mais um em que este grupo está vulnerável à contracção do vírus que pode ter consequências irreversíveis para algumas destas pessoas”, remata Bessa.

 

Legenda: Pessoas com paralisia cerebral ou autismo têm patologias associadas, afirma Altino Bessa

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS