Bárbara Barros apresentou, esta quarta-feira, os princípios da sua candidatura à Câmara de Braga, confiante no reforço da representação da coligação PCP/PEV em todos os órgãos autárquicos.
A cabeça-de-lista recusa uma geringonça como contrapoder à maioria de direita que lidera o executivo. Não teme que o Chega baralhe as contas das eleições do Outubro porque acredita no “espírito profundamente democrático” dos bracarenses.
Falando em conferência de imprensa, a vereadora comunista na autarquia, em substituição de Carlos Almeida desde o início do ano, acredita que o eleitor valorizará a candidatura da CDU que, como “força alternativa”, carrega um projecto autárquico “único e distintivo” determinado pelo “interesse dos trabalhadores e das populações”.
Sublinhando a “vasta experiência” da CDU adquirida no trabalho autárquico, Bárbara Barros, membro da Comissão Concelhia e da Direcção Regional de Braga do PCP, confia no reforço da votação para evitar a repetição da maioria PSD/CDS-PP/PPM.
GERINÇONÇA
Questionada sobre a criação de uma ‘geringonça à moda de Braga’, sugerida por Adolfo Macedo, coordenador do candidato socialista, Hugo Pires, Bárbara Barros foi clara em descartar a ideia.
Reconhecendo que os vereadores socialistas acompanharam “algumas propostas da CDU”, a candidata, licenciada em Ciências da Comunicação, referiu que “a verdade – e aconteceu muitas vezes -, é que tomaram uma posição contrária aos interesses das populações, acompanhando a maioria PSD/CDS-PP/PPM”.
“Não podem contar com a CDU para uma simples soma de votos que signifique dar mais força a esta ou aquela expressão eleitoral. Podem contar com a CDU para melhor a governação”, frisou, não excluindo participações numa “união de forças vias da cidade de cidade, incluindo forças partidárias”, como aconteceu no caso da Fábrica Confiança.
EFEITO CHEGA
Sobre a candidatura do partido de André Ventura à Câmara, Bárbara Barros é também clara.
“Sabemos que os bracarenses sabem valorizar as propostas de uma força política ou de força políticas como as que compõe a CDU e saberão distinguir o que querem para o seu concelho”, referiu
“E estamos certos que as suas aspirações são profundamente democráticas”, rematou, a também membro do Movimento Democrático das Mulheres e pós-graduada em Crime, Diferença e Desigualdade pela Universidade do Minho.