Cerca de 9% dos juízes portugueses recorre a substâncias ilícitas para lidar com o stress, de acordo com um estudo sobre a pressão a que os profissionais forenses são submetidos.
Outros 11,4% dos juízes inquiridos disseram recorrer a bebidas alcoólicas para lidar com a pressão imposta pela profissão.
“Estes dados afiguram-se alarmantes, dado o risco de colocarem em causa o princípio da Integridade, exposto no Código de Conduta destes profissionais”, pode ler-se no estudo citado pelo Público.
Por outro lado, apenas 3,9% dos advogados e 1,5% dos procuradores assumem beber álcool para aliviar o stress laboral. A percentagem de advogados a consumir substâncias ilícitas é ainda menor (0,7%) e não há nenhum procurador que tenha esse hábito.
De acordo com os profissionais do estudo, o facto de os magistrados terem de tomar decisões que têm influência directa na vida das pessoas pode estar na raiz de um maior consumo de droga.
Os quatro autores do estudo afirmam que os resultados põem em evidência as fragilidades do sistema de Justiça e defendem que é preciso agir urgentemente.
