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Chumbo OE. AEMinho apela à “maturidade” dos políticos e lembra fundos estruturantes da ‘bazuca’

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) apelou ao “sentido de responsabilidade” dos órgãos do Estado e dos “diversos actores da cena política” de forma a que não seja posto em causa os “mecanismos, projectos, financiamentos e programas” estruturais para as empresas, em particular o Plano de Recuperação e Resiliência.

Em nota à imprensa, a associação liderada por Ricardo Costa reagia assim ao chumbo esta quarta-feira do Orçamento de Estado 2022 na Assembleia da República (AR).

Reconhecendo que o cenário de eleições antecipadas é “mais um episódio comum na vida da nossa democracia” e que sistema democrático de base parlamentar “dispõe de uma série de ferramentas que permitem dar uma resposta eficiente a situações desta natureza”, o líder da AEMinho lembra que o país está numa “fase fundamental” do Plano de Revitalização e Resiliência (PPR), vulgarmente conhecido por ‘bazuca’.

“(…) A vida política portuguesa não pode nunca pôr em causa estes programas tão estruturais para a nossa economia. Não podemos acrescentar às debilidades identificadas no processo de materialização dos mesmos uma irresponsabilidade política que prejudique a sua execução”, afirma.

MATURIDADE

Sustenta que “este é o momento em que os agentes políticos têm a obrigação de demonstrarem a razão de ser da sua existência, ou seja, encontrar formas e soluções que viabilizem o país, que não estanquem o desenvolvimento económico de forma a não porem em causa as empresas e os empregos, bem como todos os serviços, nomeadamente saúde, assistência social, educação e segurança”.

“Este é o momento em que os agentes políticos têm a obrigação de demonstrarem a razão de ser da sua existência, ou seja, encontrar formas e soluções que viabilizem o país, que não estanquem o desenvolvimento económico de forma a não porem em causa as empresas e os empregos, bem como todos os serviços, nomeadamente saúde, assistência social, educação e segurança”, acrescenta.

“Estamos certos de que os empresários do Minho, assim como os demais empresários portugueses, saberão como sempre souberam estar à altura das suas responsabilidades. Esperamos exactamente o mesmo dos nossos agentes políticos”, concluiu.

A AEMinho conta com “a maturidade da nossa democracia” para ser capaz de “dar resposta a um episódio que cremos ser normal na vida pública, sinónimo de que a democracia funciona e como tal está sujeita a aprovações e não aprovações”.

“A economia tem de estar acima dos episódios políticos que venhamos a viver sob pena de esvaziar a razão de ser do próprio sistema político”, remata o presidente da associação dos empresários minhotos.

Recorde-se que a AR chumbou esta quarta-feira à tarde o OE 2022 com 108 votos a favor (PS) votos, 117 contra (PSD, PCP, PEV, CDS, BE, e IL, Chega) e cinco abstenções (PAN, e as deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Moreira).

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