O comércio local de Valença vai receber cerca de 1,1 milhões de euros no “maior pacote de investimentos de sempre”, através de um projeto que pretende levar o negócio a plataformas digitais e novos mercados, revelou a autarquia.
“Valença adota este novo conceito com a ambição de expandir o alcance do comércio local, além da venda presencial, pela via das plataformas digitais e ‘marketplace’, que permitirão alcançar novos mercados, desde Valença para o mundo”, descreve, em comunicado, o município.
A ação da autarquia começa no centro histórico da Fortaleza de Valença, com um investimento de 650 mil euros, a que se juntam, numa segunda fase, cerca de 450 mil euros para abranger “toda a área geográfica do concelho”, indicou à Lusa fonte oficial da autarquia.
O programa, designado Comércio Sem Fronteiras, pretende, ainda, “criar uma identidade comercial única associada à marca Valença”, promovendo uma “rede colaborativa para projetar o concelho, de forma coletiva e estratégica”.
“Também será estabelecida uma nova dinâmica de comunicação entre a autarquia e os comerciantes valencianos para auscultar as suas necessidades e adaptar as ações do programa às exigências concretas do setor, numa demonstração de proximidade e apoio efetivo”, descreve a Câmara de Valença.
Para a autarquia, está em causa “um programa concreto, prático e objetivo” para “implementar medidas diretas e impactantes que consolidam o compromisso com um comércio mais dinâmico e moderno, de portas abertas para o futuro e para o mundo”.
“A criação de um ‘marketplace’, de redes colaborativas de valorização do comércio local e de academias e ‘workshops’ de formação e capacitação” são algumas das ações previstas.
Estão também contemplados o reforço e melhoria da rede de ‘wi-fi’, o desenvolvimento de campanhas de comunicação digital de promoção do comércio local e o apoio de aceleradoras do comércio e serviços.
A autarquia refere ainda a criação de “um regime diferenciado de incentivos municipais”.
Citado no comunicado, o presidente da câmara, José Manuel Carpinteira, diz estar em causa um “compromisso municipal com o crescimento e a modernização do setor, “vital para a economia local”.
O investimento é financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência no projeto Valença Digital.