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Comissão de Homenagem aos Democratas de Braga promove conferência sobre os estudantes na oposição ao Estado Novo

A Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga realiza, na próxima quarta-feira, pelas 18h15, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, mais uma conferência no âmbito do Ciclo ‘Diálogos com a Democracia’. A oitava conferência é dedicada aos estudantes e ao seu papel na Oposição ao Estado e na transição para a Democracia. Participam como oradores Camilo Silva, Amadeu Santos, Etelvina Sá e José Miguel Braga.

Subordinada ao tema ‘O Despertar da Democracia na Educação. Movimentos estudantis e oposição à guerra colonial. Os testemunhos e as histórias contadas na primeira pessoa’, os oradores ajudam a perceber o papel dos estudantes, o que fizeram e como se afirmaram num contexto difícil que teve como palco principal o antigo Liceu Sá de Miranda.

A visão feminina e o seu papel a partir do Liceu D. Maria II é-nos relatada por Etelvina Sá, enquanto os restantes oradores trazem-nos as histórias de duas gerações que não se calaram e conheceram as agruras de serem opositores ao Estado Novo.

ORADORES

Amadeu Santos Ribeiro é professor aposentado, natural de Guimarães e residente em Braga. Leccionou várias disciplinas de arte e cultura contemporânea em escolas do ensino secundário e superior. Ministrou diversos cursos livres e de formação de professores e proferiu numerosas palestras. Foi redactor do jornal Luta Popular e director da revista Defacto. Como artista plástico, expôs individual e colectivamente em diferentes galerias e festivais de arte. Militou pela OCMLP e pelo MRPP contra a ditadura antes do 25 de Abril de 1974, mantendo até hoje a sua fidelidade às causas e princípios da esquerda política.

Camilo Silva, animador cultural, actor, estudante no liceu Sá de Miranda, participou activamente no movimento dos democratas. Fazia parte de um grupo restrito que se reunia clandestinamente na casa de diversos opositores.

José Miguel Braga nasceu em 1957 na cidade Braga. Estudou no liceu Sá de Miranda e depois na Universidade do Minho. Fez parte dos primeiros alunos da Universidade do Minho no bacharelato em ensino de Português-Francês. Dedicou-se também à associação académica e ao teatro universitário de Braga. Iniciou carreira de professor do ensino secundário em Janeiro de 1978 e passou a dedicar-se ao teatro num grupo amador que se dedicava à descentralização teatral e ao estudo de uma forma de expressão de teatro popular. Era o TIP-Teatro Independente Pronto.

Entre 1987 e 1996 viveu em França, onde foi leitor de Português. Regressado a Portugal, integrou os primeiros trabalhos do Sindicato de Poesia e depois dedicou-se à investigação do trabalho de actor com o colectivo PIF’H Poduções Ilimitadas. Entretanto fez o doutoramento no departamento de Ciências da Comunicação do ICS da Universidade do Minho, intitulado “Aqui é o mundo-sobre teatro e técnicas de expressão”. A partir de 1997, dedicou-se à encenação e escrita de peças de teatro, sobretudo no período que sucedeu à criação do curso profissional de interpretação, na Escola Secundária Alberto Sampaio, tendo colaborado também com o jovem colectivo de actores profissionais Malad’arte. Iniciou um diário em 2008, regressou em 2015 e de 2017 até agora. Foi assistente convidado e depois professor auxiliar convidado do departamento de Ciências da Comunicação do ICS.

Publicou em 2008, com Alberto Peixoto e a partir de um conjunto de desenhos de sua autoria, ‘Lição de Desenho no Orfanato’, numa edição dos autores com o apoio da Bogalha. Publicou ficção narrativa nas edições Humus: ‘Adelita’ em 2021 e ‘Bons desejos’, em 2022. ‘Entre o medo e a luz- 2020 um Diário’ saiu em 2023 editado pela Universidade do Minho editora.

Etelvina Sá, estudante de Direito na Universidade de Coimbra no ano lectivo 1967/1968 ao de 1973/1974. Licenciada e pós-graduada na mesma faculdade. Professora do ensino secundária desde 1971, com a participação na gestão democrática das escolas no período pós 25 de Abril 1974.

Jurista e dirigente da administração pública, membro da Assembleia de Freguesia e Assembleia Municipal em vários mandatos. Activista em várias associações cívicas. Tem como lema de vida: “Fazer escolhas, nunca ficar indiferente”.

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