O Bloco de Esquerda (BE) propõe o desenvolvimento, “com carácter de urgência”, dos “procedimentos necessários” à recuperação do Estádio 1.º de Maio, em Braga, que se encontra em avançado estado de degradação.
Em comunicado, a Comissão Coordenadora Concelhia de Braga do BE recomenda que naquele Monumento de Interesse Público, inaugurado em 1960, seja instalado um serviço municipal para a implementação de todas as actividades desportivas do concelho.
Aquele serviço, defendem os bloquistas, deverá integrar “uma equipa da responsabilidade da autarquia, com técnicos de várias valências, que possam orientar todos os munícipes na prática das actividades desportivas que escolham e que decidam praticar, de forma individual ou colectiva, federada ou não federada”.
Ao estádio, defende ainda o Bloco, devem, após a sua recuperação, “ser anexados todos os equipamentos desportivos desde o Parque das Camélias até ao Campo da Rodovia”, promovendo, “de facto”, Braga como “uma verdadeira capital do desporto e da cultura desportiva, contrariando a cultura monolítica do futebol profissional”.
Recorde-se que o ‘1º de Maio’, obra de João Simões, inaugurado em 1960, é uma estrutura de betão e granito, simétrica, com uma entrada principal decorada com dois painéis de bronze, em alto-relevo, do escultor Barata Feyo.
Está classificado como Monumento de Interesse Público desde 2012, devido ao seu interesse simbólico, valor estético e técnico e concepção arquitectónica, e encontra-se integrado numa zona especial de protecção que engloba o Parque da Ponte e a envolvente próxima do estádio, pelo que qualquer intervenção, ocupação ou utilização está condicionada por força da lei.
Em 27 de Agosto de 2020, um acidente derrubou o pórtico. Os valiosos painéis escultóricos que ladeiam a entrada do Estádio, a Porta da Maratona, apresentam sinais de degradação e de abandono. Todo o edifício, devido à falta de manutenção e às infiltrações, está em avançado estado de degradação.