O Concelho de Amares não tem árvores registadas no registo nacional de arvoredo de interesse nacional (RNAIP). O caso foi lembrado este domingo e em nota enviada pelo activista ambiental Carlos Dobreira, que se mostra com «enorme estupefação» relativamente à situação.
A lei que aprova o regime jurídico de classificação de arvoredo de interesse público (Lei n.º 53/2012 de 5 de setembro) no n.º 1 do artigo 2.º refere que a mesma se aplica aos «povoamentos florestais, bosques ou bosquetes, arboretos, alamedas e jardins de interesse botânico, histórico, paisagístico ou artístico, bem como aos exemplares isolados de espécies vegetais que, pela sua representatividade, raridade, porte, idade, historial, significado cultural ou enquadramento paisagístico, possam ser considerados de relevante interesse público e se recomende a sua cuidadosa conservação».
«SEM UMA POLÍTICA DE CLASSIFICAÇÃO PROTAGONIZADA E INCENTIVADA PELA AUTARQUIA LOCAL»
No dia em que se assinala o dia Mundial da Árvore, 21 de Março, Carlos Dobreira considera ser «inexplicável ver um Concelho com enquadramentos paisagísticos ímpares, um património natural de rara beleza e um património vegetal distinto (com destaque para a Laranja de Amares) sem uma política de classificação protagonizada e incentivada pela autarquia local».
Imagem ilustrativa