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Credores aprovam venda de têxtil de Guimarães por 3,5 milhões de euros

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A assembleia de credores da empresa António de Almeida & Filhos, em Guimarães, aprovou esta terça-feira a venda da têxtil à Domingos Almeida, por 3,5 milhões de euros, após 99,85% dos votos terem sido favoráveis.

A sessão no Tribunal de Guimarães reuniu os detentores de 88,77% dos créditos da empresa insolvente, entre os quais o Novo Banco, que também votou a favor enquanto maior credor – detentor de 39% do passivo total de 23,4 milhões de euros.

Outros dos principais credores como o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE), com 900 mil euros, e o Banco Comercial Português, com 143 mil euros, votaram igualmente a favor.

Um dos credores votou contra a liquidação e a venda da empresa sediada na freguesia de Moreira de Cónegos, criada em 1956, com cerca de 200 trabalhadores, enquanto três abstiveram-se.

A venda da António de Almeida & Filhos à Domingos Almeida, empresa têxtil da vizinha freguesia de Lordelo, também no concelho de Guimarães, consumou-se depois do administrador da insolvência ter requerido a “ratificação” da proposta, por ser a “de maior valor económico” face às outras duas apresentadas, indica um documento a que a Lusa acedeu.

As outras empresas que se mostraram interessadas na têxtil até às 10 horas de 30 de Agosto, prazo limite para a entrega de propostas, foram a JF Almeida, que apresentou as opções de 3,1 milhões de euros no imediato, 4,4 milhões a quatro anos ou 6,2 milhões de euros a seis anos, e a Mabera, que ofereceu um euro, valor inferior aos três milhões de euros regulamentados como preço-base.

A Domingos Almeida passa, assim, a deter todo o inventário e equipamento da AAF, um imóvel e todo o equipamento da empresa Morecoger e seis prédios da Moretextile imobiliária, assim como as “posições contratuais nos contratos de trabalho referentes à totalidade dos trabalhadores” afectos à actividade destas empresas, refere um dos documentos relacionados com este processo.

O administrador da insolvência reconheceu que o processo se pode estender por mais três meses até à assinatura do contrato definitivo de compra e venda e vincou a necessidade de, nesse intervalo, iniciar a “gestão precária o mais rapidamente possível”, para se garantir as matérias-primas utilizadas na produção e o pagamento dos salários de Setembro.

Bruno Costa Pereira adiantou também que a Domingos Almeida vai constituir uma nova sociedade para gerir a António de Almeida & Filhos.

PROCESSO

A António Almeida & Filhos é a última empresa do grupo Moretextile, que, em 2011, resultou da fusão entre a Coelima, a José Machado de Almeida (JMA) e a AAF e cujo accionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital.

Também declarada insolvente, em Abril passado, a Coelima (de Pevidém, Guimarães) foi vendida em Junho à Mabera por 3,637 milhões de euros, enquanto a JMA Felpos (situada em São Martinho do Campo, Santo Tirso) foi comprada pela Felpinter por 3,97 milhões de euros.

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