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Descida dos combustíveis ‘travada’ pelo descongelamento da taxa de carbono

O Governo vai revogar o congelamento da taxa de carbono, que se mantém inalterada desde 2023. Isto nas vésperas de uma semana em que se prevê a maior descida dos preços do gasóleo e da gasolina em 25 semanas e 33 semanas, respectivamente.

A notícia, avançada pelo ECO, que explica que o Governo decidiu revogar a medida, implementada ainda no Executivo de António Costa, em Janeiro de 2023.

De acordo com uma portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República, o Governo diz que, tendo em conta a “tendência de redução dos preços dos combustíveis e uma trajectória crescente no preço das emissões de CO2”, decidiu retomar “o descongelamento gradual da actualização do adicionamento sobre as emissões de CO2, mantendo-se uma suspensão parcial desta actualização face ao valor de 83,5 euros que seria aplicável em 2024.”

“Assim, para além de retomar o objectivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia, este descongelamento gradual da actualização do adicionamento sobre as emissões de CO2 concilia a protecção do ambiente com as necessidades de apoio às famílias e às empresas no domínio energético”, acrescenta-se.

A alteração entra em vigor já na segunda-feira e terá um impacto de cerca de três cêntimos, ou seja, a descida dos preços dos combustíveis prevista para a próxima semana passa a ser de 0,5 cêntimos no gasóleo e 1,5 cêntimos na gasolina, ao contrário das previsões inicias, que estimavam uma descida acentuada dos preços dos de 4,5 cêntimos por litro na gasolina e de 3,5 cêntimos por litro no gasóleo.

A previsão de descida do preço da gasolina não era tão alta há pelo menos 33 semanas; a do gasóleo há 25 semanas. No entanto, com a revogação do descongelamento da taxa de carbono, os preços dos combustíveis vão naturalmente subir.

Em Maio, o Governo quis dar início ao descongelamento da taxa, justificando com preocupações ambientais. Assim, a última actualização entrou em vigor em Agosto do ano passado, há precisamente um ano, com a taxa a aumentar dois cêntimos no gasóleo e 1,8 cêntimos na gasolina – valores que se mantêm até hoje.

Com TVI

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