GERÊS

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Desde 2002 houve 12 acidentes mortais nas cascatas do Gerês

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Desde 2022 até ao momento foram registados 12 vítimas mortais em acidentes em cascatas e miradouros do Parque Nacional da Peneda-Gerês, além de uma «enorme quantidade de feridos», avançou o presidente da Câmara de Terras de Bouro.

Manuel Tibo considera que são «números alarmantes» e que constituem «razão mais do que suficiente para alarme» para que, «de uma vez por todas», o problema seja «encarado de frente».

«Estamos a falar de 12 pessoas que morreram e muitas outras que ficaram feridas, algumas delas com gravidade. Não podemos continuar a fazer de conta que nada acontece e que este não é de facto um problema grave», apontou.

Por essa razão, a autarquia lançou um plano de melhoria das condições de visitação dos miradouros e cascatas, que já permitiu «reabilitar diversos espaços e aumentar a segurança» para quem os visita, num investimento de cerca de 125 mil euros realizado com o apoio do Fundo Ambiental e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

«A nossa expectativa é que exista novamente uma procura muito grande pelo nosso território, o que é fundamental para a dinamização económica do Concelho, daí que tenhamos de estar preparados para receber quem nos visita», frisou Tibo.

VEDAR “TAHITI”

Em declarações ao jornal “O Amarense”, publicadas na edição impressa de Julho, o autarca terrabourense reiterou a intenção de construir um miradouro de visitação e de vedar o acesso a banhos na Cascata de Fecha de Barjas, conhecida como Cascata do Tahiti, que apontou como «uma das cascatas mais perigosas» do território.

«Enquanto responsável máximo pela Protecção Civil de Terras de Bouro, não quero pactuar com acidentes nem com mortes. Portanto, a intenção é permitir a visitação através da construção de um miradouro moderno e atractivo, mas vedar o acesso à água», afirmou.

Manuel Tibo lembrou, no entanto, que a autarquia por si só «não tem poder» para isso e apelou à intervenção de organismos como o ICNF.

«Esta é a posição do Município, mas que precisa de ser concretizada junto das outras entidades com responsabilidades no território. Estamos a trabalhar de forma articulada para que seja possível encontrar uma solução, porque não podemos continuar a assistir a acidentes de forma passiva», garantiu.

Desenvolvimentos na edição impressa de Julho, nas bancas.

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