O empresário agrícola que esteve em greve de fome durante 30 dias em frente ao Palácio de São Bento interrompeu, esta sexta-feira, o protesto após receber uma visita do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, e de este ter agendado uma reunião para a próxima segunda-feira.
Foi o próprio Luís Dias a partilhar a notícia na sua conta de Twitter.
Na publicação, o agricultor sublinha que o “compromisso pessoal” de Miguel Alves ainda não é “a solução do problema, mas é a garantia da possibilidade da mediação, que foi acordada em Janeiro”.
Ainda na mesma nota, Luís Dias afiança que “não se trata de reclamar dinheiro”, mas sim de “uma solução” que o permita reerguer a vida.
Recorde-se que Luís Dias trava uma luta judicial com o Estado há vários meses. Em causa está o financiamento da reconstrução de uma quinta destruída por uma tempestade em Idanha-a-Nova, em 2017. O empresário accionou, na altura, o apoio para danos causados por catástrofes naturais. O ministério da Agricultura avaliou os mesmos e, dois anos depois, desbloqueou um apoio 140 mil euros, que até hoje o agricultor garante que ainda não recebeu.
Já o ministério da Agricultura garantiu que o apoio de 140 mil euros continua disponível, contudo, a legítima beneficiária, que é a companheira de negócio de Luís Dias, tem de submeter um pedido de pagamento instruído de acordo com os normativos nacionais e comunitários.
Durante esta última greve, em que esteve sem ingerir alimentos durante 30 dias, Luís Dias foi internado duas vezes.
Com NM