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Escassez de produção trava Compal de laranja de Amares

O presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, disse esta sexta-feira que a marca portuguesa Compal “mostrou-se interessada” em criar um sumo a partir da laranja de Amares, à semelhança do que produz no Algarve, mas que a escassez de produção travou o processo.

“A Compal mostrou-se interessada em fazer um Compal de laranja de Amares, o grande problema é que não temos laranja em quantidade que o permita. Só fazem com um mínimo de 25 toneladas e é muito complicado arranjar essas laranjas”, afirmou o autarca, esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, à margem da abertura da 80ª edição da Feira Franca de Amares.

Manuel Moreira sublinhou que os laranjais do concelho “estão obsoletos” e que falta um “trabalho organizado em rede” para poder valorizar a laranja de Amares. “Quando assumi a Câmara tentei criar uma dinâmica, ofereci laranjas, fizemos enxertos, mas [a ideia] não pegou, não andou… As pessoas idosas estão a desanimar e os novos não pegam, o que é uma pena”, lamentou.

O autarca, que está a poucos meses de abandonar o cargo, disse que esse é um “desafio” para o seu sucessor. “Espero que quem vier para este lugar tenha essa ambição e determinação, porque de facto a laranja de Amares é excelente, não há nenhuma igual à nossa”, apontou, salientando o papel desempenhado pela associação AmarCitrus, mas que “precisa de mais impulso”.

“Há um trabalho excelente da AmarCitrus, mas estamos a falar de poucas quantidades. O grande problema é que não estamos organizados em rede. Ninguém vai apanhar laranja para vender a 20 ou 50 cêntimos o quilo”, vincou Manuel Moreira.

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