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Estudantes do Politécnico de Viana do Castelo criam módulos para facilitar chegada de alimentos a famílias carenciadas

Estudantes da licenciatura em Design de Ambientes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) vão criar módulos urbanos de acondicionamento de alimentos recolhidos pela Refood para melhorar a distribuição a pessoas carenciadas..

Contactada pela agência Lusa, a propósito de uma nota de imprensa sobre o assunto, fonte do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) adiantou que o projeto REC teve início este mês, sendo que, numa primeira fase, os alunos estão no terreno a acompanhar a atividade da associação de voluntários e que tipo de módulo se ajusta melhor ao acondicionar os excedentes alimentares recolhidos diariamente.

A proposta dos alunos do segundo ano daquele curso visa desenvolver “módulos urbanos que possam ser instalados em diferentes locais, garantindo a conservação adequada dos alimentos – congelados, refrigerados ou à temperatura ambiente – e facilitar o acesso dos utentes da Refood, sem a necessidade de deslocações longas ou filas de espera”.

A “participação dos estudantes no projeto REC insere-se na Unidade Curricular “Projeto Ambientes Oficinas 1”, sob a orientação dos docentes Liliana Soares e Ermanno Aparo e visa o desenvolvimento de soluções inovadoras para melhorar a distribuição de alimentos na cidade”.

“O projeto REC não só incentiva uma reflexão crítica sobre as necessidades de um serviço mais eficaz, como também sensibiliza os estudantes para o voluntariado e a importância de contribuir para um futuro mais solidário e sustentável. Queremos envolver a comunidade e os ‘stakeholders’ locais, mostrando o impacto positivo que a educação superior pode ter na sociedade”, explica o docente Ermanno Aparo, citado na nota.

Contactada pela Lusa, a coordenadora da Refood de Viana do Castelo, Sandra Pereira, explicou que a associação “apoia por mês, 320 pessoas, 120 das quais com refeições completas, garantidas através dos sete a oito quilogramas de alimentos que consegue recolher, mensalmente”.

“Temos em lista de espera para refeição completa outras 200 pessoas, mas que vão levando alimentos que nos vão sobrando. Pode ser pão, fruta, sopas, bolos, entre outros”, explicou Sandra Pereira.

A responsável justificou a incapacidade de dar refeições completas a todos os utentes, por as atuais instalações já não comportarem a instalação de mais frigoríficos para acondicionar os alimentos, por precisar de mais voluntários e mais fonte de alimentos”.

Atualmente, os alimentos que a associação distribui “são recolhidos em restaurantes, cantinas escolares e, sobretudo em hipermercados”.

Sobre o projeto dos alunos do IPVC, Sandra Pereira adiantou que o modelo que melhor se ajusta àquela funcionalidade ainda está a ser analisado, mas congratulou-se com a iniciativa do IPVC.

“Com esses módulos urbanos, os beneficiários passam a ter acesso às refeições, a qualquer hora, sem terem de as levantar na sede da Refood, de segunda a sexta-feira a partir das 18:30. Por outro lado, vão proteger a privacidade das pessoas que ficam na fila, no exterior do espaço da associação, à espera de recolherem os alimentos. Ficam expostos às pessoas que passam na rua”, sustentou.

Para a concretização do projeto, o IPVC “conta com a parceria técnica da Lingote Alumínios, no desenvolvimento dos módulos, reforçando a capacidade do IPVC de envolver o setor empresarial em projetos que beneficiam diretamente a comunidade, demonstrando o seu papel ativo na promoção de soluções concretas para problemas sociais”.

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