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Estudo de professora do ISAVE mostra que muitos idosos não tomam a medicação que lhes é prescrita

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«Quarenta e nove por cento dos idosos acompanhados por profissionais de saúde não adere ao regime medicamentoso que lhes é prescrito», revela o livro de Lígia Monterroso, apresentado esta quinta-feira na Feira do Livro de Amares.

A Directora da Licenciatura de Enfermagem do Instituto Superior de Saúde (ISAVE) apresentou o livro “Regime terapêutico das pessoas idosas dependentes – avaliação da adesão e da gestão”, na Galeria de Artes e Ofícios, na presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Amares (Isidro Araújo) e de Arnaldo Sousa, do ISAVE, além de alunos de Enfermagem.

Editado pela Novas Edições Académicas, o livro constitui uma súmula da tese de doutoramento de Lígia Monterroso, que reflecte um levantamento efectuado em várias unidades de saúde no Algarve.

Na sua intervenção, Lígia Monterroso partiu do seu gosto pelo cuidado com os idosos, «cada vez mais medicados, que gastam rios de dinheiro, têm farmácias de remédios em suas casas sem utilidade».

A sua tese procura responder à pergunta: “Que enfermagem podemos desenvolver com os idosos, porque os mais velhos são a mais valia de conhecimento, são eles que nos ensinam, e como é que os marginalizamos e esquecemos”?

Numa primeira fase, Lígia Monterroso verificou que, «entre 50 idosos doentes mentais, no Hospital do Barlavento que eram acompanhados semanalmente, 37% não cumpriam o pano medicamentoso».

Um segundo estudo envolveu os Centros de Saúde de Lagos, Vila do Bispo e Aljezur, integrados na Unidade de Cuidados Continuados do Infante e os cuidadores informais que trabalham 24 sobre 24 horas, sem formação, desapoiados e sem saber o que fazer quando entram em depressão.

Não foi por acaso, porque Sagres é a zona do país com maior taxa de suicídio e a adesão ao regime terapêutico era um problema grave. «Em 57 famílias estudadas, verificou-se o incumprimento do regime medicamentoso por falta de recursos económicos, medicamentos caros e as pensões não chegam para pagar medicamentos», revelou.

Face aos números apresentados face à adesão ao regime medicamentoso, a professora do ISAVE concluiu: «estamos a fazer um mau trabalho. É um número assustador».

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