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Festivais Gil Vicente levam teatro a Guimarães

O teatro entra em cena em Guimarães, de 5 a 14 de junho, com a 37ª edição dos Festivais Gil Vicente com um programa que promete um olhar crítico sobre as novas formas de representação.

Para além de duas estreias absolutas (Era Rolim e Gaya de Medeiros com Ary Zara), resultantes da atribuição das bolsas de criação Amélia Rey Colaço e Projeto CASA, esta edição destaca obras de diferentes criadoras e criadores.

O Festivais Gil Vicente incluem, ainda, um programa de oficinas de formação, debates, momentos de interação do público com os artistas e exercícios de visão crítica cruzada.

Em junho, os Festivais Gil Vicente chegam aos auditórios, foyers e sala de ensaios (CCVF), no museu (CIAJG), ou no salão nobre (Teatro Jordão) de Guimarães.

PROGRAMA

Uma organização conjunta d’A Oficina, do Município de Guimarães e do Círculo de Arte e Recreio, os Festivais Gil Vicente 2025 têm pontapé de saída marcado para a quinta-feira 5 de junho com a estreia absoluta de “Se Não For Tu”, de Era Rolim, um dos projetores vencedores da 3ª edição do Projeto CASA – iniciativa d’A Oficina (através do Centro Cultural Vila Flor), d’O Espaço do Tempo e do Cineteatro Louletano. A trama acompanha Sueli, uma mulher marcada pela perda trágica dos pais num acidente de carro, um acontecimento que a deixou com uma obsessão: saber o que aconteceu nos 30 segundos que antecederam a fatalidade.

“Corre, bebé!”, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, é apresentado em estreia absoluta na sexta-feira 6 de junho, sendo o projeto vencedor da 7ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa d’A Oficina (através do Centro Cultural Vila Flor), do Teatro Nacional D. Maria II, d’O Espaço do Tempo e do Teatro Viriato. “Corre, bebé!” é um conjunto de reflexões sobre os conflitos e desejos da parentalidade.

Estas duas novas criações, resultantes das bolsas de criação, vão estar em residência artística prévia no Centro de Criação de Candoso (CCC), em Guimarães.

No sábado 7 de junho, a “Enciclopédia da vida sexual”, com texto e encenação de Pedro Gil, cocriada e interpretada por Ana Isabel Arinto, Danilo Da Matta, Diogo Andrade, Katrin Kaasa, Mário Coelho, Pedro Gil, Raquel Castro, Sara Inês Gigante e Tânia Alves (Voz Off), fecha a primeira ronda de espetáculos com esta peça de artesanato cómica.

Já na quinta-feira 12 de junho, os Festivais Gil Vicente ganham novo fôlego para apresentar a “Matriarca ‘74”, de Pedro Nunes, uma peça que é uma conversa entre uma avó e um neto – uma atriz e um ator –, sobre o poder revolucionário da voz, da escuta e do silêncio. S

O caminho desta edição segue com “Viagem a Lisboa”, de Joana Cotrim e Rita Morais, uma coprodução A Oficina/Centro Cultural Vila Flor e Teatro-Cine de Pombal, que nos chega na sexta-feira 13 de junho. Interpretado por Fernando Nobre, João Pedro Vaz, Joana Cotrim, Miguel Nunes, Mónica Garnel, Rita Morais, este é um espetáculo que procura aprofundar, através de uma narrativa ficcional, o contexto histórico do passado familiar das artistas, a partir de um texto original de Isabela Figueiredo em diálogo com o álbum “Diz À Mãe Que Está Tudo Bem” do músico Silk Nobre.

Após o fim deste espetáculo, Joana Cotrim e Rita Morais juntam-se com o público para um novo momento de partilha que coloca a todos em contacto direto para uma conversa em torno desta criação.

Esta celebração do teatro culmina no sábado 14 junho com “Ricardo III”, de Marco Paiva. Neste espetáculo, inspirado em William Shakespeare, o encenador Marco Paiva transforma o assassinato de Ricardo III na possibilidade de renascimento de um teatro mais diverso, atento e dialogante com outras linguagens e línguas.

Todos os espetáculos têm início marcado para as 21h30 e os respetivos bilhetes custam entre 5 e 10 euros. Estes encontram-se disponíveis online em oficina.bol.pt e www.ccvf.pt e presencialmente nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória de Guimarães (CDMG), a Loja Oficina (LO), ou o CAO dos Fornos da Cruz de Pedra, bem como nas lojas Fnac, Worten e El Corte Inglés.

Festivais trazem oficinas de formação

Nesta edição, o programa de espetáculos será reforçado com oficinas de formação. No sábado 7 e domingo 8 de junho, das 10h00 às 13h00, teremos uma Oficina de Dramaturgia “A minha primeira autoficção” com Bruno dos Reis, Gaya de Medeiros e Mário Coelho. Esta oficina, dirigida a maiores de 18 anos, tem participação gratuita, mediante inscrição prévia através do formulário online disponível em www.aoficina.pt.

Também nesse sábado (7 junho), às 16h00, com entrada gratuita, decorrerá o debate “Depois do canudo, a carreira por um canudo?” com a participação de Siobhan Fernandes, Rita Morais, Rita Fernandes, Eduardo Nunes, e moderação de Simão Freitas.

Na tarde do dia seguinte, 8 de junho, das 14h30 às 18h00, haverá oportunidade para participar numa Masterclass de Interpretação com Pedro Gil: “Lições de Teatro”, um projeto de investigação mascarado de formação iniciado pelo próprio em 2019, consistindo em sessões práticas onde se ensaiam respostas para a pergunta “o que é que o teatro pode ser?”. Dirigida a maiores de 18 anos, esta masterclass tem participação gratuita, mediante inscrição prévia através do formulário online disponível em www.aoficina.pt.

O debate “Teatro Português, quo vadis?” terá lugar no sábado (14 junho) pelas 16h00, com Mafalda Banquart, Guilherme Gomes, Inês Barahona e moderação de Simão Freitas.

Durante o festival, estará também ativo o “Hipertexto”, colocando artistas (12 vozes do panorama teatral português) a dialogar entre si, em formato de uma imaginada correspondência por escrito, a partir de um espetáculo que aqui tenham presenciado.

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