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INCÊNDIOS

INCÊNDIOS -
Fogo queima 1.400 hectares no Parque da Peneda Gerês

O incêndio que lavrou na semana passada na freguesia do Lindoso, em Ponte da Barca, em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês, atingiu uma área aproximada de 1.400 hectares.

 “O incêndio do Lindoso tem uma área ardida aproximada de 1.400 hectares. Ardeu ‘área de ambiente rural’, que são áreas de protecção complementar na área envolvente às aldeias, onde o homem exerce a sua actividade. Estamos a falar de áreas agrícolas e também algumas áreas destinadas ao pastoreio”, disse esta terça-feira à agência Lusa a directora regional do Norte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Sandra Sarmento frisou que estas áreas “são muito importantes”, pois servem de habitat e de refúgio de animais selvagens, acrescentando que, além das áreas agrícolas e de mato, “arderam também pequenos núcleos de carvalhais, galerias retículas e bosques ribeirinhos”, que são igualmente “habitats com relevância”.

“Trata-se, naturalmente, de uma grande preocupação para o ICNF. Durante estes dias tivemos as nossas equipas do corpo nacional de agentes florestais, os sapadores florestais, bem como toda a força, empenhadas no apoio ao combate ao incêndio, e agora também naquilo que foi a consolidação do rescaldo”, referiu a directora regional do Norte do ICNF, que, por inerência do cargo, tem a responsabilidade pelo Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG).

Neste momento encontram-se no terreno equipas na vigilância pós-incêndio.

Nos próximos dias, acrescentou, vão ser realizadas várias intervenções, nomeadamente a “estabilização de emergência”.

“Logo que concluídas estas intervenções de estabilização de emergência, vamos fazer uma avaliação para, naturalmente, começarmos a pensar no restauro de algumas áreas ardidas”, indicou Sandra Sarmento.

A responsável pelo PNPG sublinhou que, como “boa parte das áreas ardidas eram campos agrícolas, próximos de populações, e, portanto, áreas privadas”, há a necessidade de articular algumas dessas intervenções com os respectivos proprietários.

“Tratando-se de um incêndio com uma dimensão já considerável, este incêndio também vai merecer a realização de um relatório de estabilização de emergência, que já concretizará algumas das intervenções para garantir a estabilização e a recuperação desta área”, explicou a responsável.

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