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PS e Presidente da Câmara animaram a sessão

PS e Presidente da Câmara animaram a sessão -
Futebol e Religião dominam Assembleia Municipal de Terras de Bouro

Foi no período antes da ordem do dia que a sessão da Assembleia Municipal de Terras de Bouro esteve animada com picardias e trocas de galhardetes. Filipe Mota Pires do PS trouxe o corte dos subsídios ao futebol de formação e a polémica com o padre do Gerês para cima da mesa e Manuel Tibo respondeu sem papas na língua. Já o movimento independente “Terras de Bouro O Nosso Partido” preferiu concentrar-se na ETAR de Souto e em questões ambientais e turísticas.

O líder do PS na Assembleia Municipal, na ausência de Guilherme Alves, questionou o porquê do corte de 50% da verba para o futebol de formação, «uma decisão que vai acabar com o futebol de formação no Concelho», seja no futebol de 11 seja no Futsal. Aliás, Filipe Mota Pires deu mesmo o exemplo do Rio Caldo que ponderava acabar com os escalões dos mais jovens por falta de condições financeiras para o desenvolvimento da modalidade.

Manuel Tibo respondeu: «em relação ao Rio Caldo não houve uma palavra que haveria uma redução no subsídio» mas não descartando a hipótese de tal acontecer. Lembrou que são 30 mil euros por ano o que dá dois mil euros por mês mais pavilhão e apoio logístico. Em relação ao Grupo Desportivo do Gerês, o autarca revelou que o acordo assinada com o anterior executivo era de 3500 euros para 500 (que Manuel Tibo prometeu) para o roupeiro. No total são 41 mil euros por ano porque «pagamos também o IMI, a electricidade e muito raramente algum transporte». Um clube que «não tem formação e com uma equipa sénior sem jogadores do Concelho». O autarca foi mais longe: «entre 2011 e 2018, foram investidos, em obras, no CD Gerês 800 mil euros».

Situação diferente da Associação Desportiva de Terras de Bouro onde a Câmara paga a luz, as inscrições dos escalões de formação e dá 4 mil euros por mês. «Para além da equipa sénior, tem três escalões de formação e todos nós sabemos que os 500 euros destinados à formação eram gastos com os seniores». Por isso, «cortamos 500 euros no apoio à equipa principal e 250 euros na verba para a formação mas será a Câmara a fornecer os equipamentos, os fatos de treino e os sacos para a formação porque assim sabemos que o apoio chega aos mais pequenos». Segundo Manuel Tibo são 500 mil euros em quatro anos gastos com futebol e «para isso não contem comigo».

Filipe Mota Pires, no final da intervenção, lembrou declarações antigas de Manuel Tibo enquanto presidente da Junta onde defendia o apoio ao futebol senão este desaparecia: «estranho a mudança de opinião».

Padre do Gerês

Filipe Mota Pires quis ainda esclarecer a posição da Câmara sobre a polémica com o padre do Gerês e um alegado pedido do Presidente da Câmara junto do Arcebispo para a mudança do padre. «Não o sabia tão católico», começou por responder Manuel Tibo para voltar a afirmar que «apesar do Padre não estar a ter as melhores atitudes para com a Câmara isso é um assunto que me entendo com ele. Houve uma reunião onde esteve o Presidente da Junta com o senhor Arcebispo e na qual eu não consegui estar presente onde foi falado esse assunto. Eu não exigi a saída do Senhor Padre porque não tenho que o fazer. Percebi a encomenda jornalística que foi feita e a tentativa de colar o Presidente da Câmara ao assunto».

Na edição de Julho do Jornal o Amarense serão escalpelizados outros assuntos que estiveram em destaque na Assembleia Municipal.

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