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JUSTIÇA -

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Gangue italo/croata julgado por assaltos a residências ouve sentença

Acórdão do julgamento marcado para dia 15 no Tribunal.  Os seis elementos de um gangue italo-croata responsável por assaltos a residências em Braga, Oliveira de Azeméis e Famalicão, vai ouvir a «sentença». O grupo não prestou declarações ao coletivo de juízes, no início da audiência, isto apesar da presença de um tradutor. Os seis estão em prisão preventiva.

O Tribunal procedeu à audição das testemunhas, os donos das casas assaltadas e os elementos da PJ/Porto que investigaram e detiveram os arguidos.

O Ministério Público concluiu que o grupo se instalou, em 2017, nos arredores de Matosinhos com o exclusivo propósito de fazer os assaltos. A acusação diz que fazem parte de uma organização internacional para crimes contra o património. A PJ apanhou-os ao terceiro assalto, tentado em Famalicão.

O Ministério Público do Tribunal de Matosinhos sustenta que os seis, com idades entre 25 e 44 anos, alguns com laços familiares como sucede com Nesa e Toni Jankovic (pai e filho) vinham a Portugal desde 2009, arrendando apartamentos para estadias que iam até aos três meses. O bando envolvia, ainda, Valentino Nicolic, Luca Braidich, Daniel Braidich e Marcus Rudolf. Ficaram presos preventivamente e vão ser julgados no Tribunal de Braga por furto qualificado e associação criminosa.

ASSALTAVAM NA PÁSCOA E NO NATAL

Faziam-no, sobretudo, nas épocas de Natal e da Páscoa, como sucedeu entre novembro de 2016 e abril de 2017, quando alugaram casa em Leça da Palmeira. Conforme o Vilaverdense noticiou, os seis foram, desde logo, detetados e seguidos pela PJ/Porto que os viu a comprar ferramentas diversas, incluindo máquinas e discos de corte de metais em hipermercados da zona. Nessa ocasião, terão estudado alguns alvos, mas voltaram para a Europa. Em Espanha, e seguidos pela PJ, deitaram, numa berma da auto-estrada, um saco com os vários lotes de ferramentas que haviam comprado, para os assaltos. A PJ seguiu-os e viu o despejo.

Mas voltaram em novembro, alugando outro apartamento na Senhora da Hora, em Matosinhos. No dia 24, fizeram o mesmo com um carro, um Fiat passando a deslocar-se nele e num Renault que trouxeram. E voltaram a comprar as ferramentas de corte e acessórios.

A 15 de dezembro, viajaram até Braga, parando junto a uma casa na Rua do Venâncio em Nogueira, propriedade de um casal. Com as máquinas numa mochila, de cara tapada e luvas, rebentaram o canhão da porta e partiram um vidro. Furtaram, de seguida, 18 objetos valiosos, muitos em ouro, que valiam quase 50 mil euros.

No dia seguinte, repetiram o crime, desta vez numa casa na Rua Nossa Senhora da Nazareth, em Oliveira de Azeméis, de onde levaram dez objetos, no valor de 35 mil euros. E algum dinheiro, em notas. No dia 17, trocaram de carro e foram a uma casa na Rua Dr. José Santos Leite, em Ribeirão, Famalicão. Cortaram a persiana e entraram. Só que a dona chegou e os quatro – dois deles ficavam sempre de vigia no exterior – saíram apressadamente. Quando chegaram ao apartamento, tinham um brigada da PJ à espera. Nas buscas, a PJ encontrou cartões de crédito e de telemóveis, muita ferramenta, dinheiro e bilhetes de avião. Um deles, Marcus Rudolf tinha dois mandados de detenção por furto qualificado, praticados em Gandra, Valença e em Viana do Castelo. Um outro, Valentino Nicolik fora já condenado pelo mesmo crime cometido em Carreço, Viana do Castelo.

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